Em 6 de junho de 1676, o povoamento de São João Batista da Paraíba do Sul foi elevado a Vila de São João da Praia, e em nome da perpetuação da história de seu povo as secretarias de Educação e Cultura e de Turismo, Esporte e Lazer de São João da Barra promoveram nesta quarta-feira (6), uma programação voltada aos estudantes sanjoanenses, que contou com hasteamento das bandeiras, pequena encenação da leitura da carta de Foral, além de visitação à Casa de Câmara e Cadeia João Oscar do Amaral Pinto e participação da Banda Municipal.
O historiador sanjoanense André Pinto fez uma explanação sobre a criação da vila, e seus 342 anos de fundação completados em 2018. Segundo o coordenador de Turismo, Gilwagner Miranda, esta comemoração dá início aos festejos pelo dia da cidade, em 17 de junho, e o departamento de Cultura vai receber diversas escolas na Casa de Câmara e Cadeia para maior explanação do tema histórico.
De acordo com o historiador André Pinto, nesta data a cidade começou sua organização administrativa e seu ordenamento de território com as cobranças dos famosos "direitos de foro", pelos então funcionários designados pela Coroa Portuguesa, que trabalhavam através do surgimento das Casas da Câmara e Cadeias Públicas, como também da construção de pelourinhos, casas com telhados de barro, entre outros.
Com a elevação a vila, surgiram na sociedade as figuras de um juiz ordinário, procurador, camaristas e demais funcionários para darem funcionalidade aos projetos de melhoramentos, bem como impor a ordem e aplicações de sanções e penas diversas, cumpridas nas prisões. “Podemos concluir que estes profissionais foram a coluna vertebral dos primórdios de nosso sistema jurídico atual, devidamente transformado com o passar dos séculos”, pontuou André Pinto.
Os estudantes e visitantes poderão conferir de perto, na Casa de Câmara e Cadeia João Oscar do Amaral Pinto, uma réplica da vara vermelha, objeto que os juízes portavam à época, visando a identificação como autoridade e representante legítimo da Coroa Portuguesa.
O secretário de Educação e Cultura, Daniel Damasceno, encerrou o evento, que aconteceu manhã e tarde, agradecendo as presenças e deixou um recado importante as novas gerações: “Um povo que constrói seu futuro é um povo que conhece sua história”. (A.N.)