Arnaldo Neto
01/06/2018 20:19 - Atualizado em 04/06/2018 18:31
Os acusados pelo assassinato do radialista Renato Machado, em 8 de janeiro de 2013, vão a júri popular. A data não está definida, mas a sentença de pronúncia já está publicada no Diário da Justiça. O rito do júri é composto de duas fases. A primeira, que funciona como a análise da admissibilidade da acusação, foi encerrada e o juiz da comarca entendeu que havia prova da materialidade do crime e indícios de que as pessoas mencionadas foram autoras dos delitos. Gilmar Barreiras Ramos Junior, conhecido como “Cachaça”, é acusado de ser o executor. João Roberto da Silva, o “João Pampinha”, foi indiciado como intermediário, enquanto Eloy Barcelos de Almeida Lopes é apontado como mandante do crime. Agora, tendo em vista o juízo de admissibilidade, os réus serão julgados por sete pessoas do povo, o júri popular.
Segundo um advogado consultado pela equipe de reportagem, em caso de condenação pelo júri, os réus Eloy e João Pampinha podem ter pena de 12 a 30 anos de prisão. Já o terceiro réu, Gilmar “Cachaça”, tendo em vista que foi acusado por dois crimes, pode ter punição de até 50 anos. O advogado observou, ainda, que a defesa pode recorrer quanto à sentença de pronúncia, o que, no mínimo adiaria o júri.
Nas principais audiências do caso, familiares do radialista estiveram em frente ao fórum, com camisas com a foto de Renato Machado, cobrando celeridade na conclusão do caso. Devido à grande repercussão, sempre que uma audiência acontecia no fórum de SJB, as ruas do entorno eram fechadas e homens da Polícia Militar reforçavam a segurança.
O assassinato do radialista Renato Machado foi amplamente divulgado na mídia local e nacional, sendo reproduzido até no exterior. Renato foi executado na frente da esposa e de uma sobrinha na noite de 08 de janeiro de 2013. Ele foi surpreendido no momento em que eles chegavam de uma festa à sua residência, próximo ao estúdio da rádio comunitária Barra FM, em SJB, da qual Renato era presidente. Baleado, ele ainda foi encaminhado ao Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu.
À época, a cobrança era grande pela elucidação do crime. Então delegada titular da 145ª Delegacia de São João da Barra, Madeleine Farias prendeu três suspeitos de envolvimento no caso. O primeiro foi Gilmar Barreiras Ramos Junior, conhecido como “Cachaça”, na semana seguinte ao assassinato. João Roberto da Silva, o “João Pampinha”, foi preso duas semanas após o homicídio. Já o empresário Eloy Barcelos de Almeida Lopes, suspeito de ser o mandante, foi preso no dia 05 de fevereiro do mesmo ano.
Os três acusados do crime, atualmente, estão em liberdade.