Um dia histórico. Pela primeira vez em todos os tempos um presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e um líder da Coreia do Norte, o ditador Kim Jong-Un, se encontraram pessoalmente. A cúpula inédita entre os dois países acontece em um hotel de luxo em Cingapura e começou às 9h, no horário local (22h dessa segunda-feira em Brasília) depois de meses de negociações e tensões entre as duas nações. Durante o encontro, a Coreia do Norte se comprometeu com o desmonte do seu programa nuclear.
Os dois países "decidiram deixar o passado para trás" e "o mundo verá uma grande mudança", segundo Kim, que assinou uma declaração de quatro itens durante o encontro com o chefe de estado americano.
O engajamento com o fim da produção de armas nucleares e a desnuclearização completa da península coreana era uma condição imposta pelos EUA para a realização da histórica cúpula.
Porém, o documento final do encontro não estabelece metas ou detalhes de como o compromisso será colocado em prática para que o abandono da produção seja feito de forma completa, irreversível e verificável, como pedem os Estados Unidos.
O compromisso com o desmonte do programa nuclear já consta na Declaração de Panmunjon, assinada após o encontro de líderes das duas Coreias, em abril.
Na avaliação de Trump, as negociações com Kim foram "francas, diretas e produtivas" e o documento está "bastante completo". O texto mostra, segundo o americano, que os países estabeleceram uma ligação especial após a sua assinatura.
Em entrevista logo depois do encontro, o presidente americano afirmou que Kim aceitou o seu convite para visitar a Casa Branca e que ele pretende visitar Pyongyang "em um certo momento".
"Aprendi que ele é um homem muito talentoso que ama muito seu país. É um negociador de valor, que negocia em benefício de seu povo", afirmou.