A Prefeitura de Campos divulgou nesta terça-feira novos números do Aedes aegypti. De acordo com informações da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 1.594 casos de chikungunya foram confirmados este ano, até o momento. Novamente o alerta foi de que Campos vive um surto epidêmico de chikungunya e a população precisa redobrar os cuidados. No último dia 15, a diretora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a médica infectologista Andréya Moreira, durante uma reunião com representantes de diversas secretarias e superintendências da Prefeitura de Campos, fez o alerta. Ao todo, 90 casos de dengue foram confirmados este ano e nenhum caso de zika e febre amarela.
Cerca de 250 atendimentos são realizados, por dia, no Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI). Diante do aumento abrupto de casos, a Vigilância em Saúde está fechando os números a partir de critérios clínicos, epidemiológico e, em alguns casos, sorológicos, ou seja, a partir dos sintomas, já começa o tratamento. Antes, os casos confirmados só eram registrados a partir da confirmação diagnóstica sorológica.
— Há um aumento progressivo do número de casos não só em Campos, mas em todo o estado do Rio de Janeiro. Por isso, as ações de prevenção no município serão intensificadas. Estamos em alerta, e precisamos contar com a participação de toda a população no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da chikungunya, da dengue e da zika – disse Andreya.
Participaram da reunião do dia 15, representantes da Secretaria Municipal de Governo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental, Superintendência de Comunicação, Superintendência de Limpeza Pública, Superintendência de Postura e Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana.
A prefeitura vem realizando mutirões semanais nos bairros e, desde o dia 18 de maio, cerca de 30 bairros foram visitados. Na próxima sexta-feira (29), o mutirão estará nos seguintes bairros: Parques João Maria, São Benedito, Rui Barbosa, João Seixas e São Lino. De acordo com o diretor do CCZ, Marcelo Sales, é de extrema importância que a população receba os agentes em suas casas e reserve 10 minutos por semana para verificar suas residências.
— A grande maioria dos focos tem sido encontrada em pratos de plantas e recipientes de água de animais. Contamos com o apoio de todos no combate ao Aedes aegypti — explicou.
Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. (A.N.)