Alerj volta a discutir concessão de rodovias
18/06/2018 20:33 - Atualizado em 19/06/2018 18:21
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Alerj / Divulgação
“As estradas do estado precisam de manutenção, mas o governo não tem recursos para isso”, a fala da representante da secretaria de desenvolvimento econômico, Maria Paula Martins, resume por qual motivo o estado almeja privatizar estradas do interior. A declaração foi feita durante audiência pública, proposta pelo deputado estadual Wanderson Nogueira (Psol-RJ), para acompanhar desde o início a pretensão do Estado em privatizar as vias. Representantes do Estado, das empresas interessadas na licitação, deputados, prefeitos e vereadores de alguns municípios que serão afetados estiveram reunidos.
Os lotes de concessão foram divididos em três grupos, com aproximadamente 200 quilômetros, que englobam diferentes regiões em todo estado. No total, seis empresas se interessaram em participar da licitação.
A secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado informou que precisará de 30 dias para que toda documentação necessária seja apresentada e que comecem as análises.
— O estudo completo para privatização dessas estradas deverá ser feito ainda neste governo, no entanto, as concessões não serão realizadas este ano — destacou a subsecretaria de Parcerias Público-Privadas da secretaria, Maria Paula.
O representante da secretaria de Transporte do Estado, André Aguiar, destacou que o problema nas estradas é mais sério do que a população imagina. “A situação é muito complicada, nos coloca em desvantagem competitiva em relação aos outros estados. Não adianta 99% das estradas serem boas, se na estrada das Araras, responsável por grande parte do escoamento, encontra-se um dos piores trechos de vias, por exemplo. O grande problema da subida da serra de Petrópolis, o gargalo da BR 0-40 também nos afasta do mercado e por aí vai. Por muito tempo o estado não terá recursos para manter as estradas”, destacou André, que garantiu que a meta do estado é garantir aos usuários segurança.
Os lotes - No grupo 1, o lote Sul Fluminense abrange as rodovias RJ 127 (entre a Dutra – BR 116 - e a Rodovia Aço – BR 393), RJ 145 (entre a Dutra e a Rodovia 151) e RJ 155 (entre a Dutra e a Rio Santos). O lote Noroeste é formado pelas RJ-122 (entre a Rio Teresópolis e o entroncamento com a RJ-116), via muito utilizada pelos friburguenses para fugir do fluxo da ponte Rio-Niterói, a RJ 158 (entre a BR 393 e a RJ 160), RJ 160 (entre a RJ 158 e a RJ 116) e RJ 186 (entre as divisas de MG e ES).
Ainda no grupo 1, o lote Litoral Norte engloba a RJ 106 (entre a RJ 104 e a BR 101N) e a RJ 162 (entre a RJ 106 e a BR 101 N), fazendo a conexão entre São Gonçalo e Macaé, passando pela Região dos Lagos, com destaque para o trecho entre Rio das Ostras e Macaé, além dos acessos a Armação dos Búzios e Cabo Frio. Ainda, deverá ser estuda uma solução global que incluam as rodovias RJ 169 e a RJ 140.
O grupo 2 abrange as Vias Metropolitanas: a RJ 103 Transbaixada, que ainda será construída; a Via Light (RJ 081), com um novo trecho de 7 km; e a Linha Vermelha (RJ 071) com 6 km a mais que o trajeto original. Este foi o único grupo que não houve empresa interessada em participar da licitação.
O grupo 3 será formado pela nova rodovia, a RJ 244, com cerca de 45 km de extensão e que vai ligar a BR 101 na altura de Campos até o município de São João da Barra, onde fica o Porto do Açu. (A.N.)

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