No dia em que foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que Campos é o 76º município mais violento do país, mais um homicídio foi registrado na noite desta sexta-feira na cidade. Washington Cavalcante de Souza, 30 anos, foi executado dentro do carro no cruzamento da rua Manoel Gomes Pinto com Avenida Alberto Lamego, no Parque Califórnia. Este foi o segundo homicídio no mês de junho e o 111º no ano.
Segundo informações da Polícia Militar, dois homens chegaram em uma motocicleta e iniciaram os disparo. Pelo menos 15 tiros atingiram o veículo da vítima, que morreu no local. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal e o caso registrado na 134ª DP.
Violência- Os dados divulgados pelo Ipea e pelo FBSP são referentes a 2016 e informam que, naquele ano, Campos registrava 55,8 homicídios para cada 100 mil habitantes. Vale ressaltar que o município mais violento do país é Queimados. Os critérios para análise foram morte violentas envolvendo agressões, intervenções legais e também óbitos com causa indeterminada. A pesquisa foi realizada em municípios com mais de 100 mil habitantes.
Apesar de o levantamento considerar os dados de 2016, a realidade atual não é muito diferente, haja vista que o município passa por um período de violência acentuada, principalmente no subdistrito de Guarus, onde os números da criminalidade impressionam, principalmente na área conhecida como Faixa de Gaza, que começa a ser comparada com a Síria. Segundo dados da Folha da Manhã, em 2018, Campos registrou 110 homicídios. Deste número, pelo menos 72 foram na área de Guarus, o que representa 65% dos assassinatos no município.
Na próxima quarta-feira, 20, o Comandante-Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Coronel Luis Claudio Laviano, presidirá a reunião do Gabinete Itinerante do Comandante-Geral da PM na sede do 6º CPA (Comando de Policiamento de Área) em Campos.
A reportagem da Folha da Manhã entrou em contato com o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Fabiano de Souza, mas até o fechamento da edição, não obteve êxito.