Brasil com novidade na lateral-direita
Aluysio Abreu Barbosa 21/06/2018 22:21 - Atualizado em 22/06/2018 15:19
Fagner (Corinthians) na lateral-direita será a grande novidade do Brasil contra a Costa Rica, às 9h da manhã de Brasília, no Estádio de São Petesburgo, pela segunda rodada do Grupo E na Copa da Rússia. Ele ganhou a posição com o veto de Danilo pelo departamento médico da Seleção, após os exames diagnosticarem nessa quinta-feira (21) uma lesão no quadril. E a saída de bola pelo lado direito é um dos principais problemas do time de Tite, que é manco: muito bom na esquerda, com o lateral Marcelo (Real Madrid) e Neymar (Paris Saint-Germain), mas fraco na direita, faixa do campo em que atuam os meias Paulinho (Barcelona) e Willian (Chelsea).
Craque do time, Neymar chegou a preocupar. Após sentir dores na perna direita, a mesma em que se submeteu recentemente a uma cirurgia no pé, ele abandonou o treino da última terça (19) e saiu mancando. Mas, segundo informou o assessor de imprensa da CBF, as dores foram em virtude das pancadas recebidas nas 10 faltas que sofreu no empate de 1 a 1 com a Suíça.
Perguntado ontem, em entrevista coletiva, se havia conversado com Neymar sobre a necessidade de ele jogar mais coletivamente, Tite negou assertivamente. O treinador frisou que não pode ou vai enquadrar o talento “transgressor” do seu camisa 10. Mas disse e repetiu: “no último terço do campo”.
Outro habilidoso camisa 10 da Seleção, Zico advertia em seus tempos de jogador sobre a inutilidade de driblar no meio de campo: “só serve para apanhar”. Faltas perto da área podem resultar em gol. Distantes do gol, só se prestam a parar o jogo. Contra a Suíça, das 10 faltas que Neymar sofreu, apenas quatro foram relativamente próximas à área adversária.
Adversário hoje da Seleção Brasileira, a Costa Rica parece distante do time que surpreendeu o mundo na Copa de 2014. Depois de derrotar o Uruguai e a Itália na primeira fase da Copa do Brasil, a seleção da América Central só foi cair nas quartas de final, na disputa de pênaltis contra a Holanda, após o empate sem gols no tempo normal e prorrogação.
Quatro anos depois, na Rússia, o padrão apresentado pelo futebol costarriquenho baixou bastante. Isso ficou bem evidenciado na derrota contra a Sérvia, atual líder do Grupo E. Ainda assim, a Costa Rica tem Keylor Navas como dono da camisa 1, destaque da Copa de 2014, campeão da última Liga da Europa pelo Real Madrid e considerado um dos melhores goleiros do futebol mundial.
Na falsa expectativa de quem não conhece futebol, mas vira “especialista” em tempo de Copa do Mundo, muitos torcedores criticaram o empate de 1 a 1 contra a Suíça. Após os 35 minutos inicias muito bons, marcando seu gol aos 19, a Seleção Brasileira teve uma queda acentuada em sua estreia na Copa da Rússia, é verdade. Mas a retrospectiva do confronto evidenciava o equilíbrio: em oito jogos, eram três empates, três vitórias brasileiras e duas suíças. E nunca um time marcou mais de dois gols no outro. Após a estreia, agora são quatro empates.
Contra a Costa Rica, no entanto, o retrospecto é francamente favorável à Seleção Brasileira: em 10 jogos até aqui, conquistou nove vitórias. A de placar mais elástico foi na primeira partida entre os dois, num amistoso disputado em 1956: 7 a 1. Na última vez que se enfrentaram, num amistoso em 2015, outro triunfo brasileiro, mas com escore mais econômico: 1 a 0.
A única vez que a Costa Rica venceu foi num amistoso em 10 de março 1960. Em San José, capital do país, o 3 a 0 dos donos da casa foi bastante comemorado. Mas a festa durou pouco. Sete dias depois, ainda em San José, o Brasil cobrou com juros e sapecou um 4 a 0.
Lucas Figueiredo-CBF

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