A Seleção Espanhola vai ter que superar a divisão entre jogadores do Real Madrid e do Barcelona se quiser chegar longe na Copa do Mundo. Desde a queda do técnico Julen Lopetegui, antes do Mundial, o clima ficou estranho. Porém, as vaidades precisam ficar nos bastidores. Dentro de campo, a Espanha vai enfrentar o Irã, nesta quarta-feira, precisando vencer para não se complicar no Grupo B. A partida está marcada para as 15h (de Brasília), na Arena Kazan.
No último treino antes do compromisso pela segunda rodada, nesta terça-feira, a imprensa presenciou uma cena inusitada. Houve divisão dos convocados em duas rodas durante o aquecimento. Em uma, ficaram os seis jogadores do Real Madrid, enquanto os quatro do Barcelona foram para a outra. Apesar do ocorrido, o meia Andres Iniesta, ex-atleta do Barça, garante que o plantel não está rachado.
— A característica desse grupo é a união, porque, em sua maioria, somos jogadores que nos conhecemos há muito tempo. Ao final, o que demonstra um grupo é isso. Todos vamos na mesma direção. O que importa é o lado esportivo para seguir caminhando nesse Mundial — afirmou Iniesta.
Atacado por alguns torcedores espanhóis devido à falha no segundo gol de Cristiano Ronaldo, no empate contra Portugal, o goleiro De Gea foi confirmado como titular pelo técnico Fernando Hierro, que tenta contornar o clima ruim passando tranquilidade aos jogadores.
— Eu tenho 23 jogadores, e o mesmo remédio não é para todos, De Gea vai jogar. Portugal passou e devemos deixar para trás. Agora é o Irã, e a expectativa é boa. É a segunda partida do grupo, e a cada cinco dias temos a última partida. A partir daí, vamos preparar a equipe — afirmou o treinador.
No Irã, o desejo é buscar a vitória, mas existe grande admiração pelos espanhóis. “Não temos super-homens como a Espanha, mas juntos nós podemos fazer coisas boas”, falou o técnico Carlos Queiroz. (M.B.) (A.N.)