Missa marca início da safra 2018
Suzy Monteiro 26/06/2018 21:07 - Atualizado em 29/06/2018 13:37
Uma missa, na tarde desta terça-feira, marcou o início da safra da Cooperativa Agroindustrial do estado do Rio de Janeiro (Coagro/Sapucaia). De acordo com o presidente da cooperativa, Frederico Paes, a previsão é que esta seja a melhor safra dos últimos anos, com aumento de produção de até 30% em relação ao ano passado. Além disso, a safra irá gerar cerca de 2,5 mil empregos, entre diretos e indiretos. Presidente do Grupo MPE e proprietário da usina Sapucaia, Renato Abreu disse que já foram quitadas as dívidas trabalhistas, no valor de R$ 21 milhões. E que não há mais de se falar em salvar a usina: “Ela já está salva”, garantiu.
A celebração foi conduzida, como já é tradição, pelo Padre Jorge e reuniu diversas autoridades, como o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, o secretário de Agricultura e Pecuária de Campos, Nildo Cardoso, que representou o prefeito Rafael Diniz, e a diretora-presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa. O produtor rural Clodomir Crespo levou uma mensagem em vídeo do senador Eduardo Lopes.
Frederico Paes destacou que, apesar das dificuldades, a previsão é boa. Ele disse que a tendência da Coagro é safra sucroalcooleira, com 70% de a produção ser de etanol e o restante de açúcar, seguindo o que já vem acontecendo no mercado.
Segundo ele, em 2017 a região — que engloba, além da Coagro, a Canabrava e a Paraíso — moeu em torno de um milhão de toneladas de cana. Este ano pode chegar a 1,2 milhão ou 1,3 milhão. Somente a Coagro, ano passado, moeu 650 mil toneladas e agora pode chegar a 700 mil toneladas.
— Se fizermos uma safra boa este ano, temos tudo para crescer em 2019. Então, queremos uma safra produtiva, onde teremos recursos para incentivar nossos produtores a voltar a plantar cana — disse.
Renato Abreu disse que a vai para a quarta safra e a perspectiva é muito boa. Após o pagamento das dívidas trabalhistas, estão sendo pagos bancos e empresas que emprestaram dinheiro para a antiga administração: “Temos cinco anos para pagar, mas está tudo correndo direito”, disse. Sobre a produção, ele falou que o setor tem que acompanhar a tecnologia e, o próximo passo, é a cana irrigada, aquela que não dependa da chuva.
Nildo Cardoso lembrou que na missa do ano passado os produtores estavam um pouco desanimados, mas este quadro mudou, principalmente em função das chuvas dos últimos meses: “Tivemos chuvas no momento certo, entre fevereiro e maio. Com certeza o próximo ano será muito melhor porque, com uma safra boa, o produtor tem como investir mais”, afirmou.

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