José Sérgio Gabrielli alerta para migalha do petróleo
Dora Paula Paes 13/06/2018 22:15 - Atualizado em 15/06/2018 18:25
“Se o Estado não faz sua parte é preciso que a sociedade se mobilize pelo nosso petróleo, caso contrário, vamos receber royalties em forma de migalhas”. A declaração partiu do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (2005-2012), hoje diretor do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep). Gabrielli esteve nesta quarta-feira na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, onde participou do workshop “Petróleo, Soberania e as Implicações para o Rio de Janeiro”.
Entre os debatedores, além de Gabrielli, também participaram o Idealizador do primeiro curso de Exploração e Produção de Petróleo do Brasil (Lenep/Uenf), o professor Carlos Alberto Dias, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos, Felipe Quintanilha, e o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
O evento é mais um nas comemorações dos 25 anos da universidade. O reitor da Uenf, Luis Passoni, foi o mediador. “A questão do petróleo é essencial para a economia do Brasil”, destacou Passoni na abertura do evento.
Gabrielli explanou sobre a cadeia do petróleo no mundo nos últimos 100 anos, as disputas nas guerras e no pós-guerra, a questão de interesse no Oriente Médio, o papel dos bancos das empresas estatais e privadas. “10% do petróleo estão nas mãos das empresas privadas e elas estão desesperadas por novos poços e o Brasil é a joia da coroa com o pré-sal”, disse ele.

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