A Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador inicia campanha para a pintura das paredes externas, preservando o patrimônio arquitetônico e o legado da presença da Igreja Católica em Campos. O Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz destaca que a Catedral há tempos está necessitando de uma pintura externa para que possa mostrar seu esplendor e beleza como principal templo católico da Diocese.
— A conservação das Igrejas, especialmente aquelas que têm uma significação mais destacada pela sua localização e histórico é, sem dúvida, um empreendimento necessário e, às vezes, urgente, que demanda o envolvimento de todos os fiéis na sua ação e participação. Ajudar e apoiar com fornecimento de material ou com uma contribuição financeira é um gesto comunitário generoso e de autêntica corresponsabilidade eclesial — disse o bispo.
As pessoas que puderem colaborar com a restauração deste importante patrimônio podem procurar a secretaria da Catedral, que funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h. A obra esta orçada em R$ 180 mil reais e as doações podem ser feitas através de carnê ou depósitos na conta Poupança CEF - Agência 0180 Operação 013 CP 9552-6 em nome da Mitra Diocesana de Campos.
A Catedral tem a sua história registrada desde a igreja matriz, que foi substituída pela atual com o conjunto de imagens sacras. E, ao longo dos tempos, foi possível acompanhar as transformações de espaço urbano, mas sempre preservada a sua edificação, obra do Monsenhor João de Barros Uchoa.
Segundo informações do jornalista e professor Orávio de Campos Soares, a história da Catedral se confunde com a própria história do nascimento da Igreja em Campos. A primeira igrejinha matriz foi construída, onde é hoje a de São Francisco, em 1649, e seu primeiro Vigário foi o Frei Fernando de S. Bento, monge beneditino que chegou a Campos em 1648.
A segunda matriz (por estar em ruínas a primeira) foi construída em 1745, junto à Capela dos Passos, que já havia na Praça do S. Salvador. Em 4 de dezembro de 1922, é criada a Diocese de Campos e a velha matriz passa à condição de Catedral, sendo demolida e, no seu lugar, graças ao trabalho do Mons. João de Barros Uchoa, surgiu o atual igreja projetada por D. Henrique Mourão e empreendida pelo Monsenhor João de Barros Uchoa, em estilo neo-clássico. O Papa Paulo VI, em 11 de dezembro de 1965 conferiu o título de Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador.
A urgência da reforma da pintura une jornalistas e intelectuais que falam da importância da preservação desse importante legado da religião católica à cidade.
— É a referência máxima da igreja Católica, em Campos e região. Além disso, é o grande cartão postal da cidade, sendo o grande destaque quando se fala em nosso município. Todo campista que puder ajudar no processo de captação de recursos para que o trabalho de pintura seja executado, não deve pensar duas vezes antes de dizer sim ao importante chamamento feito pela nossa Catedral — destacou o jornalista e assessor da Diocese, Antônio Filho.
— Campos tem um vasto patrimônio artístico e histórico construído em períodos e estilos diferentes que precisa de preservação para que o passado seja o reflexo do futuro. Uma sociedade sem memória é uma sociedade sem história. A Catedral do Santíssimo Salvador tem uma grande importância para Campos, por ser tratar de um tesouro arquitetônico em estilo neo-clássico, que serve como referência para os estudiosos da arte e os que buscam a fé no Santíssimo Salvador — disse Jorge Renato da Silva Amaral. (A.N.)