Cinco dos 12 vereadores de Teresópolis, na Região Serrana, foram presos na manhã desta sexta-feira durante a operação Ananas, uma parceria do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil. Os políticos são acusados de associação criminosa para a prática de concussão e peculato.

Ao todo, a operação tinha como alvo seis vereadores: Claudia Lauand, a Dra. Claudia (PP); Eudilbelto José Reis, o Dedê da Barra (MDB); Leonardo Vasconcellos de Andrade (MDB); Luciano dos Santos Cândido, o Pastor Luciano (PRB); Rocsilvan Rezende da Rocha, o Rock (PSDB); e Ronny Santos Carreiro (PHS). No entanto, Pastor Luciano não foi encontrado pelos agentes e é considerado foragido da Justiça.

De acordo com o MPRJ, as investigações apontaram que os vereadores estariam exigindo do ex-prefeito Mario de Oliveira Tricano (PP), a indicação de empresas sem licitação. Elas seriam contratadas para realização dos serviços de iluminação pública e saneamento básico, estacionamento rotativo pago e serviços de cemitério.

Além disso, segundo o órgão, os políticos exigiam a contratação de pessoas para cargos comissionais no Poder Executivo que fossem indicadas por eles. De acordo com o Ministério Público, pelas investigações, o vereador Pastor Luciano ofereceu a um ex-secretário do município o pagamento de R$ 300 mil por mês, em troca da indicação de uma empresa para prestar o serviço de coleta de lixo. Ele vai responder também pelo crime de corrupção ativa.

A instabilidade política tem sido uma constante em Teresópolis. Em abril, Tricano desistiu de recorrer na Justiça Eleitoral do processo que o afastava do cargo por com base na Lei da Ficha Limpa. Com isso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcou novas eleições no município no próximo dia 2 de junho. (A.N.) (A.S.)