Testemunhas por vídeo nesta quarta-feira
Aldir Sales 23/05/2018 10:25 - Atualizado em 24/05/2018 16:33
Juiz Ralph Manhães
Juiz Ralph Manhães / Paulo Pinheiro
Está marcada para esta quarta-feira (23) os depoimentos das testemunhas de defesa dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho no âmbito da operação Caixa d’Água. As oitivas serão por videoconferência e comandadas pelo juiz tabelar da 98ª Zona Eleitoral de Campos, Ralph Manhães. Entre as pessoas convocadas, estão os procuradores da República Eduardo El Hage, Sérgio Pinel e Rodrigo Timóteo; o procurador-geral de Justiça, José Eduardo Gussem; o desembargador José Carlos Peres; e o ex-procurador-geral do município de Campos, Matheus José. Eles serão ouvidos à distância por terem residência no Rio de Janeiro.
As oitivas atendem uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da defesa dos Garotinho. Elas foram negadas por Manhães, que considerou como uma estratégia “protelatória” por parte da defesa. No entanto, o Supremo entendeu que as testemunhas deveriam ser ouvidas. Os advogados do casal tentaram substituir duas das pessoas intimadas pela delegada da Polícia Federal, Carla Dolinski, como uma das testemunhas de defesa. Recentemente, uma reportagem do SBT mostrou depoimento de Dolinski em que ela fala de irregularidades na operação Chequinho. As denúncias da policial já foram investigadas e arquivadas pelo Tribunal de Justiça (TJ).
Na última quarta-feira, apenas o assessor de imprensa da concessionária Águas do Paraíba, Adelfran Lacerda, compareceu pessoalmente à oitiva, que foi marcada pela tensão entre Ralph Manhães e os advogados de defesa dos réus.
Seguindo o entendimento da Segunda Turma do STF, os demais acusados também deverão pedir as oitivas de suas testemunhas. Um dos réus, por exemplo, listou, entre as dele, cinco deputados federais. Vale lembrar que o interrogatório dos réus está marcado para 5 de junho, quando já teria acabado o prazo para que fossem ouvidas por precatória as testemunhas do ex-ministro e presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, e seu genro, Fabiano Alonso — que também são réus na Caixa d’Água. Com a nova decisão, é possível que a data para o interrogatório dos réus seja adiada.
Caixa d’Água — Além dos Garotinho, mais seis réus são acusados de integrarem uma organização criminosa que intimidava e extorquia empresários, com o objetivo de obter recursos de empresas contratadas pela Prefeitura de Campos durante a gestão Rosinha.

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