O Comitê de Direitos Humanos da ONU rejeitou, nesta terça-feira (22), a solicitação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que este órgão ditasse uma medida cautelar a seu favor para evitar que fique preso até o exaurimento de todos os recursos jurídicos.
O órgão internacional, no entanto, irá ainda analisar o mérito em si das queixas em relação a supostas "violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis, adotado pela ONU, praticadas pelo juiz e pelos procuradores da Operação Lava Jato de Curitiba contra Lula, seus familiares e advogados", conforme alega a defesa do ex-presidente.
"Para que se peça a um Estado que se estabeleçam medidas cautelares se deve demonstrar que este está violando de forma irreparável alguns dos preceitos do Pacto e, se baseando na informação que Lula apresentou ao Comitê, não se demonstrou que estivesse em risco de sofrer um dano irreparável", disse em declarações à Agência Efe uma das integrantes do comitê da ONU, Sarah Cleveland.
A solicitação dos advogados ao órgão incluía um pedido para que o governo brasileiro impedisse o ingresso de Lula na prisão até que se esgotassem todos os recursos jurídicos, embora o ex-presidente esteja preso desde o último mês de abril.