Planície repercute Freixo e Bolsonaro
22/05/2018 10:47 - Atualizado em 23/05/2018 17:05
  • Rafael Crespo

    Rafael Crespo

  • Bruno Dauaire

    Bruno Dauaire

  • Gil Vianna

    Gil Vianna

  • Rodrigo Pedrosa

    Rodrigo Pedrosa

Em um cenário de polarização política no Brasil, a Folha da Manhã abriu espaço, na edição do último domingo (20), para mais um debate de ideias entre esquerda e direita com as entrevistas com os pré-candidatos a deputado federal, Marcelo Freixo (Psol), e a senador, Flávio Bolsonaro (PSL). A repercussão foi imediata na planície goitacá, principalmente entre os políticos de campistas.
Um dos líderes do Psol em Campos e pré-candidato a deputado estadual, Rodrigo Pedrosa avaliou como positiva a abertura do espaço para as duas entrevistas. “Achei muito positivas as entrevistas. Havia uma certa preocupação porque o Flávio tinha ido, na semana anterior, a Campos e, na outra semana, o Marcelo também foi. A Folha abriu espaço tanto para um como para outro. Achamos que, de forma democrática, todos têm que ser ouvidos e avaliamos que a disputa está bem de igual para igual. A nossa proposta é de uma política mais voltada para a juventude, que possa mudar esse quadro na nossa cidade e essa polarização, com a velha política que não trabalha para a população. Essa é a proposta do partido. Eles pararam de olhar só para a capital e começaram a olhar para o interior”, declarou.
Durante a entrevista, Flávio Bolsonaro declarou que “a direita saiu do armário”, ao se referir a um aumento de pessoas que se declaram como conservadoras. Também pré-candidato a um lugar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Gil Vianna (PSL) disse que a população está cansada da política. “A direita saiu do armário realmente. O povo não aguenta mais, todo mundo está de saco cheio de política, ninguém aguenta mais falar em política, ninguém quer votar em ninguém. Os discursos são sempre que o bem não pode parar o mal. E o bem, hoje, são as pessoas estarem votando nos valores da família, na segurança pública, de fato. Estamos embarcados neste projeto tentando fazer o diferente. E o presidenciável Jair Bolsonaro (...) é nossa esperança”.
Citado por Flávio como um deputado que exerce um bom mandato, mesmo com a ressalva ao grupo do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), Bruno Dauaire (PRP) agradeceu o elogio. “Tenho atuado junto com Flávio Bolsonaro nas pautas referentes à área de segurança pública. Estamos juntos em comissões que tratam do tema e sua postura é sempre muito firme. Somos de partidos diferentes, mas há afinidade em várias pautas e fico feliz por ele ter dito na entrevista que exerço um bom mandato”.
Dauaire também falou sobre sua atuação parlamentar junto a Freixo. “Marcelo Freixo defende bandeiras importantes para a sociedade, como as retratadas na entrevista. Estivemos do mesmo lado em vários momentos nas pautas que temos em comum, como a defesa dos direitos dos servidores estaduais. Não concordamos em tudo, mas há uma relação de muito respeito”.
Presidente do diretório municipal do PT, o petroleiro Rafael Crespo criticou a falta de propostas, tanto de Freixo como de Flávio. “Bolsonaro tenta mostrar uma imagem de otimismo em um quadro onde o teto de intenções de voto foi atingido, inclusive fugindo da imagem de extrema direita, não respondendo a perguntas simples como o apoio à ditadura militar. Já sobre Freixo, como professor de história, o deputado faz um recorte preciso do golpe de 64 e de 2018, porém fico preocupado quando tudo sobre o Psol se resume a Marielle. De 24 perguntas, oito tem respostas citando a Marielle. Como se não houvesse partido ou propostas para além disso”, finalizou.
A equipe de reportagem tentou contato com o vereador carioca César Maia (DEM), citado por Flávio Bolsonaro na entrevista, mas não foi conseguido contato até o fechamento desta edição. (A.S.) (S.M.)

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