O presidente da Câmara de Vereadores de Laje do Muriaé, Carlos José de Freitas Pereira, conhecido como Cazé (Podemos), assumiu a Prefeitura do município do Noroeste Fluminense na noite da última quinta-feira (17), após notificação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Eleitos com uma margem de apenas 108 votos para o segundo colocado, o prefeito Dr. Rivelino (PP) e o vice Marcos Francisco (PP) foram cassados por unanimidade em segunda instância por compra de votos e abuso do poder político na eleição de 2016. Com a decisão, confirmada nesta semana com a rejeição dos embargos de declaração (último recurso antes da execução da pena), o TRE determinou o afastamento dos políticos.

A sentença do tribunal fala que Rivelino e Marcos tentaram comprar o voto da filha de uma eleitora ao prometer entregar um portão e construir um muro. A decisão da Corte Regional também determina a realização de nova eleição e inelegibilidade dos réus por oito anos a partir de 2016. Ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

No entendimento do TRE, em seu primeiro mandato, Dr. Rivelino também praticou abuso de poder político ao realizar nomeações para cargos em comissão com desvio de finalidade. Em nota à imprensa, o prefeito negou que tenha cometido qualquer irregularidade. Na nota, o prefeito destacou que “apesar de respeitar a decisão do colegiado, impetrará as medidas judiciais cabíveis no TSE por entender que o julgamento se baseou em premissas equivocadas e que não correspondem à realidade dos fatos”.

Cazé assumiu o cargo em cerimônia na Câmara, que contou com uma grande presença do público. Durante o discurso, o prefeito interino prometeu manter diálogo com a população e o pagamento em dia dos servidores públicos. Ainda não há data marcada para a realização de um novo pleito no município com 7.477 eleitores.