Delator preso e elo com tráfico de drogas
16/05/2018 10:31 - Atualizado em 16/05/2018 17:50
Alexandre Rocha
Alexandre Rocha / Reprodução de vídeo
Um dos delatores da operação Lava Jato, o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, e outras sete pessoas foram presas na manhã dessa terça-feira (15), em operação da Polícia Federal (PF) contra lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas. Segundo reportagem do jornal O Globo, a PF tem indícios de uma possível conexão entre políticos brasileiros e o traficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, preso no dia 1º de julho de 2017, em Mato Grosso, que é apontado como um dos maiores traficantes internacionais de drogas da América do Sul, com negócios em dezenas de países.
Segundo as investigações, dinheiro obtido pelo traficante, repassado ao doleiro, estaria sendo usado no pagamento de propina a políticos. Até ser preso ano passado, Cabeça Branca comandou por mais de duas décadas um esquema de tráfico internacional de drogas responsável por abastecer mensalmente pelo menos cinco toneladas de cocaína países na Europa, África e nos Estados Unidos. No Brasil, o traficante seria o principal fomentador da guerra travada entre quadrilhas rivais de criminosos no Rio e em São Paulo.
Como delator da Lava Jato, Ceará mencionou os políticos Fernando Collor de Mello, Aécio Neves, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.
Julgamento — A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nessa terça, adiar a conclusão do julgamento do deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) e de dois filhos dele pelos crimes de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. É a primeira ação penal da operação Lava Jato julgada pela Corte após a chegada dos primeiros inquéritos, em 2015. De acordo com a denúncia, Meurer recebeu R$ 29 milhões de contratos fictícios da Petrobras. (A.N.)

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