O julgamento do recurso do vereador Thiago Ferrugem (PR) está na pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da próxima segunda-feira (14). Ferrugem é o único dos 10 vereadores condenados na Chequinho ainda não julgado pela Corte Regional. Caso seja confirmada a sentença do juiz Eron Simas, de janeiro de 2017, Ferrugem ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora do cargo.

O recurso seria julgado na segunda-feira da semana passada, mas o julgamento foi adiado pela segunda vez. A primeira foi em 19 de março, quando o desembargador eleitoral Nagib Slaibi Filho pediu vistas.

Ferrugem foi eleito em outubro de 2016 com 3.959 votos. Ex-presidente da Fundação Municipal da Infância e Juventude e ex-secretário de Desenvolvimento Humano e Social, o político é um dos 10 vereadores eleitos e condenados no “escandaloso esquema” do uso político do Cheque Cidadão. Ele nega qualquer irregularidade e diz que conseguirá comprovar isso na Justiça.

Já deixaram a Câmara por condenação na Chequinho, os vereadores Jorge Magal (SD), Vinicius Madureira (PRP), Jorge Rangel (PTB), Miguelito (PSL), Thiago Virgílio (PTC), Linda Mara (PTC), Ozéias (PSDB), Kellinho (sem partido) e Amaro Roberto Pinto (PTC), além do suplente Carlinhos Canaã (PTC), que havia assumido a cadeira em março no lugar de Virgílio.

Também já foi condenada na esfera eleitoral da Chequinho, a ex-prefeita Rosinha Garotinho (Patri), o ex-candidato a prefeito Dr. Chicão (PR); o ex-vereador Mauro Silva (PSDB); a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social de Campos, Ana Alice Alvarenga; e a ex-coordenadora do programa Cheque Cidadão, Gisele Koch. Todos recorrem junto ao TRE.

Também houve condenação de políticos na esfera criminal-eleitoral, como é o caso do ex-governador Anthony Garotinho. O julgamento da Ação Penal de Garotinho no Tribunal Regional foi suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.