Especialistas cubanos conseguiram recuperar neste sábado (19) uma das caixas-pretas do avião que caiu na véspera depois de decolar do aeroporto internacional de Havana, matando 110 das 113 pessoas a bordo.
O ministro de Transportes de Cuba, Adel Yzquierdo, disse à emissora estatal cubana que os investigadores estão trabalhando intensamente no local do acidente, perto do terminal 1 do aeroporto, e que a caixa-preta localizada está em "boas condições".
"Já temos uma caixa-preta em mãos, em boas condições, bom estado de conservação, e devemos conseguir a outra nas próximas horas. Elas irão para a comissão criada para analisar as causas do acidente", explicou o ministro na entrevista à imprensa oficial.
O ministro afirmou que todos os corpos das vítimas, a maior parte delas cubanas, já foram levados para o Instituto de Medicina Legal de Havana. Parentes já estão no local para oferecer amostras genéticas para facilitar o processo de identificação.
"Já temos a lista de passageiros, vamos publicá-la nas próximas horas", disse o ministro.
Até o momento, apenas dez corpos foram identificados. O avião transportava 102 cubanos, seis tripulantes mexicanos e cinco passageiros estrangeiros: dois argentinos, um mexicano e dois saarauís.
O primeiro vice-presidente de Cuba, Salvador Valdés, destacou o esforço, a dedicação e o prossionalismo das equipes que atuaram após o acidente e dos funcionários do Instituto de Medicina Legal.
O Boeing 737 da companhia aérea mexicana Global Air, operado pela Cubana de Aviación, caiu pouco depois de decolar em Havana.
As três únicas sobreviventes, todas mulheres e cubanas, permanecem internadas em estado grave no Hospital Calixto García, em Havana. Uma delas está consciente.