Apesar de a Prefeitura de Campos afirmar que a Saúde de Campos está sob controle, diante da paralisação nacional dos caminhoneiros, o risco de comprometer o setor do município ainda é grande, caso a mobilização se estenda por mais tempo. Nesta terça-feira, a secretária de Saúde de Campos voltou a afirmar não houve registros de falta de medicamentos e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão sendo priorizados os atendimentos de urgência e emergência. Por outro lado, desde o último sábado a clínica Pró-Rim vinha sofrendo com os efeitos da paralisação e chegou a reduzir o tempo na diálise para que todos pudessem ser atendidos. Somente na noite desta terça-feira um caminhão chegou para abastecer a clínica com insumos. No entanto, o atendimento vai continuar reduzido e os insumos devem durar até a próxima segunda-feira.
O diretor clínico da Pró-Rim, Raymundo Santiago Neto, informou que mesmo com a chegada desse carregamento de medicamentos, o estoque segue abaixo da quantidade necessária, mas os atendimentos continuam sendo feitos, sendo que com o tempo menor. “Recebemos a remessa, mas continuaremos reduzimos o tempo de diálise dos pacientes para que imediatamente não falte medicamento, até que a greve permaneça. Vamos fazer um balanço do estoque que chegou, mas a previsão é de que dure somente até a próxima segunda-feira. Temos que torcer para que a greve termine logo”, informou.
A Prefeitura de Campos, por meio de suas secretarias e superintendências, informou que vem adotando as medidas possíveis para minimizar os efeitos da paralisação nacional dos caminhoneiros. O esforço maior, segundo o município, é no sentido de manter os serviços essenciais à população. “Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), estão sendo priorizados os atendimentos de urgência e emergência. Não houve, até o momento, registro de falta de medicamentos da Atenção Básica, visto que os estoques foram repostos antes da paralisação. Tanto nas UBSs, quanto nos hospitais do município (Hospital Geral de Guarus e Hospital Ferreira Machado), são realizados levantamentos constantes para atualização do estoque. Todas as cirurgias de emergência estão sendo realizadas nos dois hospitais públicos”.
Em Quissamã, a coleta de sangue em cinco Unidades de Saúde da Família (UBSF) e as visitas domiciliares foram suspensas. Já em Macaé, a área da Saúde ainda não sentiu os reflexos da paralisação e manteve as atividades inalteradas. Em São João da Barra, as unidades 24 horas funcionam somente com serviços de urgência e emergência.