Que as artes marciais contribuem para o equilíbrio físico, mental e emocional, é um fato. Nos tempos atuais, diante de uma série de compromissos diários que leva, inevitavelmente, à fadiga e ao estresse, a prática de uma atividade física regular é para muitos quase uma rotina sagrada. Em Campos, representantes da velha guarda do caratê depois de longos anos agora decidiram sair da zona de conforto para retornar ao tatame, sob a batuta de um ícone do esporte, o mestre Tetsuo Mizuno, na Estação Saúde.

O fisioterapeuta Heraldo Machado, 59 anos, estava há 20 anos parado.

— Vinha esse tempo todo parado e agora sinto uma diferença enorme —, admite.

O funcionário público Frederico Sanguedo, 62, destaca que o melhor de tudo é que todos os amigos voltaram se encontrar após muitos anos.

— E sempre lembrando das nossas histórias, das viagens para as competições — falou.

Aos 58 anos, o empresário Assis Inojosa também voltou à prática da milenar atividade após 30 anos de ausência.

— O nosso dia a dia é muito corrido. O caratê reduz o estresse, isso aqui é um oásis, alivia bastante — disse.

Jovem entre os veteranos, o cardiologista André Delgado, de 38 anos, é também testemunha do efeito salutar.

— É uma atividade aeróbica em o equilíbrio e ação dos reflexos, contribui para a melhora da coordenação motora com a sequência de golpes que o atleta precisa memorizar. Uma atividade completa, que mexe com o corpo e a mente, aconselhável para qualquer idade — recomenda.

Para o advogado Mery Rocha, de 65 anos, uma rotina agradável que se estende além da academia.

— A gente voltou a se reencontrar regularmente depois de décadas. São treinos puxados, mas que fazemos com prazer, pois essa atividade sadia se associa à nossa amizade de muitos anos — finalizou.