Titular incontestável da Seleção Brasileira de Tite, o lateral direito Daniel Alves não só não poderá jogar a Copa da Rússia, como ficará ausente dos gramados nos próximos seis meses. O atleta do Paris Saint Germain teve confirmada, nessa sexta-feira (11), em Paris, uma lesão do ligamento cruzado anterior sofrida na terça-feira, na final da Copa da França.
O prazo de recuperação estimado pelo médico da seleção, Rodrigo Lasmar, é de meio ano para o retorno em alto nível de perfomance.
O diagnóstico foi feito após uma série de exames realizados pela equipe médica do PSG e por Lasmar. Na prática, a junta médica antecipou a conclusão que, em um primeiro momento, aconteceria dentro de três semanas, prazo para que o edema diminua e para que a visibilidade da área afetada pela lesão seja mais clara. Como Tite precisa convocar os jogadores que disputarão a Copa do Mundo na segunda-feira, era necessário bater o martelo sobre o futuro do lateral.
— Confirmamos o diagnóstico anterior de uma lesão do ligamento cruzado anterior. Em um atleta profissional como é o caso do Daniel, necessita-se de um tratamento cirúrgico —, explicou Rodrigo Lasmar.
A cirurgia provavelmente será realizada em Paris pelos médicos do PSG. Data e circunstâncias serão definidas pelo clube em conjunto com o jogador, e depende do desinchaço do joelho, da recuperação parcial dos movimentos e da diminuição das dores, condições para um melhor quadro para a intervenção. Lasmar afirmou ainda que a tendência é que Daniel Alves só volte a jogar em seis meses.
— Em uma lesão como essa, a cirurgia necessita um prazo aproximado de seis meses para uma recuperação plena e voltar a jogar—, disse o médico.
Ao receber a notícia de que não participará da Copa – ao menos não como lateral da equipe – o atleta se emocionou, mas se mostrou resiliente e pronto para encarar a recuperação.
— É uma notícia pesada para um jogador com a experiência que ele tem, às vésperas de uma Copa do Mundo. Mas ele tem um equilíbrio, uma condição emocional muito forte—, disse Lasmar.
— Queria saber o que exatamente estava se passando com seu corpo, que lesão ele tinha e o que precisava fazer para voltar a jogar bola nas condições que ele tinha antes de performance — disse ainda o médico. (A.N.)