A greve dos caminhoneiros entrou nesta terça-feira (22) em seu segundo dia. O governo correu para acalmar os ânimos e anunciou redução do preço da gasolina e diesel nas refinarias, o que não deve chegar aos revendedores de imediato. A questão do preço também esteve na pauta da reunião entre representantes do presidente Michel Temer e o presidente da Petrobras, Pedro Parante. Já tem setor temendo desabastecimento no país, como é o caso do Sistema Firjan.

No final desta tarde, o Sistema Firjan manifestou sua grande preocupação com a paralisação que os caminhoneiros estão promovendo em vários estados. Como o transporte rodoviário de cargas é o mais importante dentro da logística nacional, há risco de desabastecimento.

“Isto se mostra ainda mais grave no caso da indústria fluminense. A crise econômica dos últimos anos foi mais grave no Estado do Rio do que no resto do Brasil. Tal conjuntura levou as empresas a trabalharem com estoques muito reduzidos, e qualquer paralisação no transporte leva rapidamente a desabastecimento”, diz trecho da nota da Firjan.

A Firjan ainda destaca que quanto à questão dos altos preços dos combustíveis “as empresas instaladas em território fluminense também são mais afetadas. É no Rio de Janeiro que ocorre a maior incidência de ICMS no óleo diesel, entre os estados das regiões Sudeste e Sul. Dos R$ 3,75 cobrados pelo litro de diesel, em média, no Estado do Rio, R$ 0,58 correspondem ao recolhimento de ICMS. Em São Paulo, maior economia do país, o preço médio do diesel é de R$ 3,52/litro e o ICMS corresponde a R$ 0,41”.

Reunião — O governo pediu uma reunião com o presidente da Petrobras. Mas, Parente foi logo avisando que o governo nunca considerou mudar a política da Petrobras de reajuste de preços dos combustíveis, afirmou. Ele esteve reunido com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, em Brasília, no Ministério da Fazenda.

— Fui convidado para a reunião. Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras — disse Parente, informando que os reajustes estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio.

Após cinco altas, Petrobras reduz preços (D.P.P.) (A.N.)

RS: cinco interdições nas BRs 285, 116, 290 e 101

SC: 17 interdições nas BRs 101, 116, 280, 282 e 470

PR: 19 interdições nas BRs 116, 153, 163,273, 277, 369, 373, 376 e 476

SP: Três interdições, todas na BR-116, em trechos próximos a Pindamonhangaba, Jacarei e Lorena.

RJ: das 14 interdições registradas no estado, seis são causadas por caminhoneiros. Elas ocorrem em pontos das BRs 040, 101, 116, 393 e 465.

MG: 22 interdições nas BRs 040, 050, 116, 251, 262 e 381

ES: três interdições nas BRs 101 e 262, nas proximidades de Ibatiba, Itapemirim e Viana.

MT: Oito interdições causadas por caminhoneiros nas BRs 070, 163, 174 e 364

MS: quatro interdições nas BRs 158, 163 e 267

GO: 13 interdições nas BRs 020, 050,60, 080, 153, 158, 364 e 452

TO: cinco interdições nas BRs 153 e 235

RR: uma manifestação na BR-174, próximo a Boa Vista

PA: duas interdições nas BRs 316 e 010, próximos a Benevides e Paragominas

MA: uma interdição, na BR-230, próximo a Balsas

PB: Das três interdições registradas pela PRF, apenas uma (na BR-230, próximo a Campina Grande) é causada por caminhoneiros.

BA: três interdições nas BRs 101 e 407