Diante da crise na Venezuela e de preocupações com um possível retorno de sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã, o preço do petróleo ultrapassou a barreira dos US$ 74,87 o barril e atingiu o maior nível desde 2014.

A alta do produto deve ter impactos positivos nos repasses dos royalties para a região produtora.

— A expectativa é boa para os repasses de julho, tendo em vista de que o câmbio permanece também em alta. Convém lembrar que todo cenário pode ser momentâneo, já que o petróleo é uma commoditie de extrema volatividade e pode sofrer alterações de zero e 20% para mais ou para menos de sete dias, dependendo do mercado econômico político mundial. Portanto, cautela, pé no freio e ausência de euforia são palavras que acompanhar os repasses dos royalties. Fazer o dever de casa é preciso — disse o superintendente Municipal de Petróleo, Ciência e Tecnologia de São João da Barra, Wellington da Silva Abreu.

O presidente americano, Donald Trump, deu um prazo até este sábado, dia 12 de maio, para que os europeus acertem a questão do programa nuclear do Irã. Caso isso não ocorra, Trump disse que vai se recusar a estender o alívio das sanções ao Irã.

Em Londres, o contrato do barril do tipo Brent fechou a US$ 76,17 nesta segunda-feira. Essa também é sua melhor cotação em três anos e meio.

— Acreditamos que é altamente provável que o presidente Trumpo exerça seu direito (de não estender o alívio das sanções) apesar dos recentes esforços de líderes europeus de acertar o acordo nuclear —, disse, ao “Wall Street Journal”, Helima Croft, chefe de estratégias de commodities no RBC Capital Markets.

Segundo ela, o impacto do retorno das ações ao mercado de petróleo vai depender das condições.

O risco sobre a oferta tem crescido diante da expectativa de que o presidente dos Estados Unidos deixe um acordo internacional sobre o programa nuclear do Irã e imponha sanções, disseram analistas.

Outros especialistas apontam também um motivo mais simples para a alta nos preços do petróleo. É que os mercados passaram por aperto considerável nos últimos 18 meses. Os estoques de petróleo cru acumulados durante o período de produção superior à demanda, em 2014-2016, já foram praticamente eliminados, por conta da demanda forte gerada por uma economia mundial em alta e do corte na produção da Rússia e da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

A entrada dos recursos da participação especial pela exploração de petróleo, prevista para esta semana, permitiu à Prefeitura de Campos programar para a próxima sexta-feira (11) o pagamento referente ao mês de fevereiro dos prestadores de serviço pelo regime de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA).

— O prefeito Rafael Diniz realiza todos os esforços para honrar nosso compromisso com os RPAs. Apesar das dificuldades que enfrentamos diariamente, vamos fazer tudo o que for possível para regularizar o pagamento destes trabalhadores, tão importantes para a administração — destaca o secretário de Gestão Pública, André Oliveira.

O secretário observou que os servidores com cargos comissionados (DAS) estão com duas folhas salariais em atraso. Os salários dos servidores efetivos estão sendo pagos em dia. André observa que as dificuldades são decorrentes da queda de cerca de R$ 1 bilhão na arrecadação do município, assim como do pagamento de dívidas contraídas pela gestão passada, que totalizam R$ 2,4 bilhões. (P.R.P.P.) (A.N.)