Jhonattan Reis
19/05/2018 17:18 - Atualizado em 23/05/2018 16:55
“Este evento é um resgate da história da miscigenação desta cidade. Estamos de braços abertos para que mais grupos venham representar suas origens, contar a história de seus produtos e de seu povo. Será um lindo evento”. O relato é da superintendente de Igualdade Racial, Lucia Talabi. Ela fala sobre a Feira dos Povos, que chegará à sua segunda edição. A Feira — que teve sua estreia no dia 1º de julho do ano passado — será realizada, excepcionalmente, este ano, no mês de setembro, devido à Copa do Mundo 2018, que vai acontecer na Rússia, no período entre 14 de junho e 15 de julho. Lucia ressaltou, ainda, que o evento foi criado com o objetivo de dar visibilidade e integrar os grupos étnicos formadores da sociedade campista.
Outra novidade é que a Feira dos Povos, que é organizada pela superintendência da Igualdade Racial (Supir), terá, em sua segunda edição, dois dias de atividades: sexta-feira e sábado, no Anfiteatro Antonio Roberto de Góis Cavalcanti, Kapi, no Parque Alberto Sampaio, no Centro. O evento foi incluído no calendário oficial do município no último mês de outubro.
De acordo com o diretor de eventos da Supir, Ricardo Silva, apesar da alteração da data, por conta da Copa, o calendário de organização do evento está mantido.
— E, em breve, faremos o chamamento dos interessados em participar da Feira com exposição de artesanatos ou alimentos — disse.
Ainda segundo Ricardo Silva, acrescentar um dia à Feira dos Povos significa torná-la ainda maior.
— Este ano teremos mais atrações, a estrutura será maior e, ainda, trabalharemos com mais tempo, de forma organizada — acrescentou.
Ricardo lembra, também, que a Feira se mostra de grande importância para o município, que tem sua história marcada pela chegada de estrangeiros desde o século XVI, quando o território ainda era da sede da Capitania de São Thomé, e hoje seu povoamento é integrado com a história de outras nações e de pessoas que trouxeram consigo a sua cultura e forma de organização.
Lucia comentou sobre as expectativas da Supir em relação à realização da segunda edição do evento.
— São as melhores possíveis. Acreditamos que é algo muito importante para a cidade, pois, através das trocas culturais e comerciais em espaço de feira, fomentamos o processo de pertencimento e identidade — falou.
Ainda para Talabi, a inclusão da Feira dos Povos no calendário de eventos de Campos — ocorrida por meio da publicação da Lei 8.787/17 no Diário Oficial do Município, no último dia 30 de outubro — é a prova de que o poder público reconhece a importância do evento.
— Tivemos uma participação expressiva e eclética da comunidade no ano passado. Planejamos que aconteça em dois dias este ano para que possamos receber maior número de participantes expositores, artistas e público, além de possibilitar a visita de pessoas dos municípios vizinhos — afirmou Lucia.
Continuidade — A 1ª Feira dos Povos, que aconteceu no dia 1º de julho de 2017, das 9h às 19h, no anfiteatro Kapi, contou com a participação de representantes de vários povos, como portugueses, libaneses, espanhóis e descendentes de africanos, dentre outros, que ajudaram a formar a sociedade campista. Além da culinária, foram apresentadas diversas outras manifestações culturais, incluindo o artesanato, a música e a dança.