Morre o escritor e jornalista Tom Wolfe
15/05/2018 16:06 - Atualizado em 18/05/2018 16:53
Tom Wolfe
Tom Wolfe / Divulgação
O escritor americano Tom Wolfe, considerado um dos maiores e mais inovadores nomes do jornalismo do século 20, morreu nesta segunda-feira (14), aos 87 anos. Ele estava internado em um hospital de Manhattan para se tratar de uma infecção, segundo sua agente, Lynn Nesbit.
Wolfe morava em Nova York desde 1962, quando foi contratado pelo jornal "The New York Herald Tribune".
Ele foi um dos autores mais influentes do new journalism (ou jornalismo literário), o movimento que revolucionou a escrita de não ficção a partir da década de 1960 e que teve como expoentes Gay Talese, Truman Copote (1924-1984) e Norman Mailer (1923-2007).
No caso de Wolfe, destacavam-se a sátira, o humor irônico e um estilo de escrita ousado – alternava passagens eruditas e sofisticadas com momentos em que buscava imitar a linguagem a oral e desafiava a gramática. O uso incomum da pontuação também se destaca na obra do autor.
Além de livros-reportagem e coletâneas de não ficção, como "Radical Chique e o Novo Jornalismo" (Companhia das Letras), Tom Wolfe escreveu obras de ficção, como "A fogueira das vaidades" (1987). O romance foi adaptado para o cinema em 1990, em filme homônimo dirigido por Brian De Palma e estrelado por Tom Hanks, Bruce Willis e Melanie Griffith.
Wolfe deixa a mulher, Sheila Wolfe, uma designer gráfica e ex-editora de arte da revista "Harpers" com quem foi casado por 48 anos, um filho, Thomas, e uma filha, Alexandra.
Fonte: G1

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