Solar da Baronesa passará por restauração
Jhonattan Reis 09/05/2018 19:51 - Atualizado em 10/05/2018 20:30
Definição foi consolidada durante visita do presidente da ABL
Definição foi consolidada durante visita do presidente da ABL / Antônio Leudo
O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, visitou nessa quarta-feira (9) o Solar da Baronesa de Muriaé, em Campos, que será restaurado. Além de Lucchesi, também estavam entre os presentes no local o prefeito de Campos, Rafael Diniz; o reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jéfferson Azevedo; a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Cristina Lima; o presidente da Associação de Imprensa Campista (AIC), Vitor Menezes; o secretário de Educação, Cultura e Esporte, Brand Arenari; e o arquiteto Humberto Neto das Chagas, um dos responsáveis pelo projeto de restauração. Agora, reuniões futuras entre os parceiros do projeto irão definir o funcionamento que será dado ao solar, localizado na rodovia BR 356 (Campos-Itaperuna) e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na manhã desta quinta-feira (11), será realizada uma reunião no IFF campus Centro para definir quais serão os parceiros. Após isso, os próximos passos para a restauração e uso do espaço começarão a ser definidos.
— O Solar da Baronesa é da Academia (Brasileira de Letras), que vai restaurá-lo. A intenção da minha visita, enquanto presidente desta entidade, foi ouvir instituições de Campos, porque é com elas que a gente vem fazendo contato há algum tempo, antes mesmo de eu presidir (a ABL). A ideia, com isso, é que órgãos representativos de Campos definam sobre qual será a utilização deste espaço, pois ninguém melhor do que pessoas da cidade para entender a melhor utilidade para o solar. Essas reuniões foram um encontro para debater sobre a volta dessa casa (solar), na sua plenitude. A academia precisa que ela tenha uma ocupação e objetivo — explicou Lucchesi, que, depois de se reunir com os presentes no Solar da Baronesa, também participou de uma reunião no gabinete do prefeito.
Marco Lucchesi e Rafael Diniz
Marco Lucchesi e Rafael Diniz / Antônio Leudo
As expectativas em relação à restauração são boas, conta ele.
— Essas conversas que tive com o prefeito, com o Jefferson e com todas essas representatividades, que são tão importantes e atuantes na cultura de Campos, contribuem bastante para a área cultural da cidade. A nossa academia permanecerá ajudando para que esta casa volte a ter sua importância para o município e para a região, com uma função pública e importante. É um patrimônio histórico e a gente não pode mantê-lo do jeito que está — falou o presidente da ABL.
O prefeito Rafael Diniz ressaltou a importância da restauração em questão.
— Restaurar um espaço tão marcante como este é algo para entrar para a história da cidade. Nada melhor que restabelecer o passado e discutir o presente para a gente manter viva a nossa cultura. Vamos construir esta ideia juntos. Este solar é um dos grandes patrimônios históricos da região. Gostaria de deixar registrada a humildade do presidente da ABL de vir até Campos, o que demonstra a vontade de fazer as coisas acontecerem — disse Rafael.
  • Marco Lucchesi e Rafael Diniz

    Marco Lucchesi e Rafael Diniz

  • Marco Lucchesi e Rafael Diniz no prédio histórico

    Marco Lucchesi e Rafael Diniz no prédio histórico

Para Jéfferson Azevedo, o apoio de todos os parceiros é algo fundamental.
— E o IFF tem o dever de estar envolvido nessa questão, que contribui, e muito, para o desenvolvimento da cultura da cidade. A gente, junto com o prefeito e as outras entidades, vai pensar na melhor forma de utilizar este patrimônio que temos — relatou.
Durante a visita ocorrida no solar, que foi construído em meados do século XIX, o arquiteto Humberto Neto das Chagas explicou sobre a estrutura e apontou curiosidades sobre o lugar.
— O espaço, depois de ter o projeto de restauração apresentado, em 2009, um ano depois de a empresa que faço parte ser chamada para fazer esse trabalho, passou por algumas intervenções, em 2011 e 2012. Agora, ele voltará a ser alvo de ações. E é importante observar que, depois de restaurado, é necessário que haja manutenções regulares no espaço, que teve sua última restauração entre 1977 e 1978, na presidência de Austregésilo de Athayde.
Lucchesi comentou, também, que o projeto de restauração está no caminho certo.
— O uso do solar precisa ser público, voltado à comunidade, e é isso que estamos fazendo — comentou.

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