Presidente do PP e deputado alvos de buscas no Congresso
25/04/2018 10:13 - Atualizado em 25/04/2018 16:24
  • Ciro Nogueira

    Ciro Nogueira

  • Eduardo da Fonte

    Eduardo da Fonte

Os gabinetes do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que é o presidente nacional do partido, foram alvos de mandados de busca e apreensão nessa terça-feira (24). Ambos são investigados pela operação Lava Jato e suspeitos de obstruir o trabalho da Justiça. A operação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão.
Além das diligências em Brasília, a PF fez buscas em endereços no Recife, em Teresina e em Boa Vista, com o objetivo de colher provas sobre uma suposta tentativa de obstrução da Justiça por parte dos investigados, informou, em nota, a procuradoria.
Ainda de acordo com a PGR, o inquérito no qual foram autorizadas as diligências foi instaurado para apurar a suspeita de que os investigados tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor parlamentar. A nota da PGR não cita nomes, mas faz referência direta às buscas realizadas no Congresso Nacional.
Os parlamentares Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte são alvos, juntos, de um inquérito derivado da Lava Jato sobre a existência daquilo que seria uma organização criminosa no âmbito do PP, envolvendo ainda outros políticos do partido. A denúncia foi feita ainda por Rodrigo Janot, mas em março Raquel Dodge referendou as acusações. O Ministério Público afirma que os integrantes do partido indicavam para cargos no governo federal pessoas comprometidas em arrecadar propina para o grupo.
O advogado do senador Ciro Nogueira divulgou nota afirmando que o parlamentar está disposto a colaborar com as investigações: “Desconhece a defesa, até o presente momento, as razões da determinação judicial do ministro Fachin. É certo que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão”, afirmou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay).
Eduardo da Fonte, por meio de sua assessoria, também disse que está à disposição do Judiciário: “Estou à disposição da Justiça sempre. Confiamos nela e em Deus”. (A.N.)

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