TCE mais "rigoroso" com as contas e também licitações
Arnaldo Neto 23/04/2018 16:08 - Atualizado em 24/04/2018 17:00
Divulgação
A nova composição do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, que conta apenas com nomes técnicos, tem se mostrado mais rigorosa nas prestações de contas analisadas, mas também tem gerado maior economia. Com a delação do ex-presidente da Corte Jonas Lopes de Carvalho, cinco conselheiros acabaram presos. Posteriormente soltos, permanecem afastados do TCE.
Um mês depois de a Lava Jato chegar ao TCE, os conselheiros substitutos rejeitaram a prestação de contas do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), referente ao ano de 2016. Entre os municípios, dos 69 nove processos referentes ao exercício de 2016 julgados, apenas 18 foram aprovadas. Entre as contas rejeitadas está a de Campos, do último ano da gestão Rosinha Garotinho. Ao comprar com o ano de 2015, por exemplo, a diferença é gritante: só oito dos 91 municípios julgados pelo TCE tiveram as contas rejeitadas.
E essa não é a única mudança. Ao final do ano passado, estava claro que as análises ficaram mais rígidas: R$ 4 bilhões deixaram de ser gastos em 66 editais de licitação cancelados após o TCE flagrar algum tipo de irregularidade. Segundo o jornal O Globo, isso significa um crescimento de 125% em relação ao ano anterior, na gestão dos conselheiros que foram presos, quando esse tipo de ação poupou R$ 1,8 bilhão. Isso sem falar nas concorrências em que o TCE conseguiu redução de custos para estado e municípios.

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