PreviCampos investiu em empresa falida
Arnaldo Neto 16/04/2018 22:53 - Atualizado em 18/04/2018 14:17
Rosinha
Rosinha / Folha da Manhã
Alvo da operação Encilhamento, o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Campos (PreviCampos) volta ao noticiário por investimentos realizados na reta final da gestão Rosinha Garotinho (Patriota). A colunista Berenice Seara, do jornal Extra, relatou que o PreviCampos é a “nova dor de cabeça” da ex-prefeita e destacou que logo após o candidato de Rosinha, Doutor Chicão (PR), perder a eleição, R$ 17 milhões foram “destinados ao Marte Fornecedores FIDC Sênior, operador do Grupo Seta Atacadista — que fechou as portas poucos meses após o investimento”. Secretário de Gestão Pública, André Oliveira comenta que as transações com o instituto de previdência no fim da gestão passada estão sob investigação.
— Na auditoria a gente relata problemas drásticos. O grande x da questão é: por que tiraram R$ 400 milhões de locais seguros, da Caixa e do Banco do Brasil, e colocaram em outros fundos? Nesse caso destacado pela colunista, colocaram R$ 17 milhões em um grupo falido. A gente tem 100% do fundo, isso não é legal, não pesquisaram se era um fundo seguro — observou o secretário.
Primeiro secretário de Transparência e Controle do governo Rafael Diniz (PPS), Felipe Quintanilha corrobora o discurso de aplicações, no mínimo, arriscadas na reta final do governo anterior. “Você não investe sem saber se o fundo demonstra boa performance de rentabilidade. Tem de estudar, conhecer. Em vários investimentos do Previ Campos a gente não vê isso”.
Somente nos meses de agosto a novembro do último ano do mandato de Rosinha, o PreviCampos fez oito movimentações, que somaram, de acordo com a auditoria realizada pela Prefeitura, quase R$ 400 milhões. Quatro ações têm previsão de resgate a longo prazo, somente para 2021. Segundo André, existe o risco de o servidor, contribuinte do PreviCampos, perder parte desse dinheiro.
E é justamente sobre o período de fim do mandato de Rosinha que Campos aparece na decisão da 6ª Vara Federal de São Paulo, que determinou a busca e apreensão de documentos, além de prisões, na operação Encilhamento: “O Fundo Tower Bridge teria recebido aporte de R$ 41,5 milhões do Instituto de Previdência do Município de Campos dos Goytacazes/RJ, entre novembro e dezembro de 2016”.
A Folha não conseguiu contato com a ex-prefeita Rosinha Garotinho. 

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