Por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o inquérito sobre o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi encaminhado à Justiça Eleitoral. Dessa forma, ele responderia apenas por caixa dois de campanha. À noite, procuradores da Lava Jato em São Paulo afirmaram que estão estudando como avançar nas investigações sobre o ex-governador. Uma das possibilidades é pedir o compartilhamento do inquérito com a Justiça Eleitoral e, assim, verificar que há indícios para abrir investigações criminais contra o tucano.
O nome de Alckmin apareceu nas delações premiadas de três executivos da construtora Odebrecht. Benedicto Junior, que comandava o departamento de operações estruturadas da empresa, o chamado “departamento da propina”, diz que, no total, foram destinados R$ 10 milhões de caixa dois às campanhas de Alckmin em 2010 e 2014.
O vice-procurador da República, Luciano Mariz Maia, que tirou Geraldo Alckmin da mira da Lava Jato ao pedir a migração do processo para a Justiça Eleitoral, é primo de José Agripino Maia, senador do DEM. José Agripino é um velho aliado de Alckmin e chegou a ser cotado como seu vice. (S.M.) (A.N.)