Doleiro afirma ter provas de propina
11/04/2018 10:46 - Atualizado em 11/04/2018 17:11
Lúcio Funaro
Lúcio Funaro / Divulgação
Em meio a explosão de diversas “bombas” na política brasileira nessa terça-feira (10), o presidente Michel Temer (MDB) não passou ileso. O doleiro Lúcio Funaro entregou aos investigadores da operação Lava Jato um conjunto de documentos que reconstituiriam o caminho percorrido por parte de R$ 10 milhões pagos, segundo os empresários, como propina pela Odebrecht ao partido na campanha de 2014. O dia também não foi bom para outro apoiador de Temer, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira (MDB), que viu pessoas próximas serem alvo de nova operação da Polícia Federal. Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se tornará réu em uma ação onde é acusado de receber R$ 2 milhões da JBS.
Segundo os promotores, a quantia à qual Funaro faz referência (R$ 1 milhão) teria sido dividida pelo grupo político de Michel Temer. O caso remonta ao jantar no Palácio do Jaburu, narrado em detalhes na delação da empreiteira, em que o então presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, afirma ter recebido o pedido de “contribuição” ao partido do então vice-presidente e candidato à reeleição na chapa de Dilma Rousseff. Os papéis remetidos por Funaro aos investigadores serão usados para fundamentar o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Temer, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco.
PF — A Polícia Federal deflagrou, nessa terça, a operação Tira-Teima, que investiga pagamentos de vantagens indevidas, por partes de um grupo empresarial a políticos, para obter benefícios em medidas de interesse do grupo econômico. O ministro do STF Edson Fachin ordenou oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiânia e Fortaleza, tendo como alvos pessoas supostamente ligadas a Eunício.
Aécio — Já o ministro Alexandre de Moraes marcou para terça o julgamento sobre a recebimento da denúncia contra o senador Aécio Neves. em um dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley Batista, da JBS. Segundo a denúncia, Aécio solicitou ao empresário, em conversa gravada pela PF, R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. (A.N.)

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