Justiça marca interrogatório de Lula sobre compra de caças suecos para 21 de junho
09/04/2018 16:47 - Atualizado em 11/04/2018 17:01
Ex-presidente Lula
Ex-presidente Lula / Divulgação
A Justiça Federal em Brasília designou para o dia 21 de junho o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo da Operação Zelotes que apura irregularidades na compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff.
Lula é réu no processo, junto com um dos filhos, por supostos tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A denúncia do Ministério Público Federal, que deu origem à ação penal aberta pela Justiça, é resultado de investigações sobre compra pelo governo federal de 36 caças suecos e sobre a aprovação no Congresso de uma medida provisória que envolveu incentivos fiscais a montadoras.
De acordo com o Ministério Público Federal, os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015, quando Lula, como ex-presidente, teria participado de um esquema para beneficiar empresas junto ao governo Dilma.
O ex-presidente sempre negou as acusações, dizendo que jamais interferiu na aprovação de medidas provisórias ou mesmo no processo de escolha e compra dos caças pelo Brasil.
O interrogatório de Lula está marcado para as 9h, ainda sem local definido. Nesse mesmo dia, serão ouvidos Luís Cláudio Lula da Silva (filho de Lula) e os lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, também réus no processo.
A nova data foi decidida pelo juiz Vallisney de Oliveira. Ele já tinha marcado esse interrogatório para 20 de fevereiro mas, a pedido da defesa de Lula, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, desmarcou o depoimento.
O desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), argumentou que Lula só poderia ser ouvido depois dos depoimentos de testemunhas que estão no exterior. E determinou um prazo de quatro meses para que isso ocorra.
A defesa de Lula pediu que o juiz reveja a decisão de marcar o interrogatório de Lula para o dia 21 de junho. O juiz estipulou a data com base nos quatro meses dados de prazo pelo TRF1, quando decidiu adiar o depoimento.
A data foi definida em decisão do dia 13 de março, antes da prisão de Lula, no caso do triplex no Guarujá. O pedido da defesa para rever a decisão também também foi enviado antes da prisão de Lula. O juiz Vallisney ainda não analisou o pedido da defesa.
Os advogados do ex-presidente chegaram a indicar mais de 80 testemunhas pra depor — o que foi interpretado pelo Ministério Público, responsável pela acusação, como forma de adiar ao máximo o julgamento.
Fonte: G1

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