O projeto Polvo, implantado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital dos Plantadores de Cana (HPC) completou um ano, nesta quarta-feira (25), e os efeitos positivos da implantação de terapias que têm humanizado a unidade foram comemorados. De acordo com dados do hospital, no primeiro trimestre de 2017, 153 bebês foram internados, destes, 133 receberam alta médica, o que representa um índice de mortalidade de 13%. Já neste trimestre foram realizadas 141 internações, com 130 altas, um percentual de 7,8% de mortalidade.

— Ainda não é possível afirmar, mas observamos a redução da mortalidade. Por isso, acreditamos que o trabalho de humanização que estamos realizando com o polvo, o banho de ofurô, entre outros, estão ajudando na evolução dos nossos bebês — afirmou a enfermeira Arilza Machado.

A técnica que foi implantada inicialmente na Dinamarca chegou ao hospital através de um grupo de São Paulo. No início eram mais de 50 artesãs voluntárias, atualmente o número foi reduzido a apenas 10, sendo seis na confecção dos bichinhos e quatro na arrecadação de material. Novos voluntários são aceitos, porém, para fazer o polvo é necessário seguir uma receita, já que ele deve seguir critérios que não apresentem riscos para o bebê. As instruções estão disponíveis no site do HPC (hpccampos.com.br) . Os polvos devem ser entregues na unidade para serem esterilizados e oferecidos aos recém-nascidos, que os levam após a alta.

— A instalação do polvo, junto com outras medidas da unidade, favorece que a criança registre melhora e recupere melhor a sua saúde. Provavelmente essa significante redução de mortalidade, também, é graças ao polvo. Não é uma única coisa, mas ele faz parte de um conjunto de situações realizadas e oferecidas para melhorar a saúde do bebê — disse o coordenador da UTI Neonatal do HPC, Marianto de Freitas.