Secretário estadual de Segurança anuncia visita a Campos em maio
25/04/2018 18:53 - Atualizado em 26/04/2018 11:59
Visita foi anunciada em reunião realizada terça-feira
Visita foi anunciada em reunião realizada terça-feira / Divulgação
O secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Fernandez Nunes, estará em Campos no próximo mês. Ele informou sobre a visita à cidade ao deputado estadual Bruno Dauaire (PRP), que preside a CPI das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), em reunião realizada na terça-feira (24), no gabinete da intervenção, no Rio. Na reunião, foi reforçada a solicitação da volta dos PMs para suas regiões no interior e de mais viaturas e estrutura para os batalhões fora do eixo da capital. A data da visita vai ser confirmada nos próximos dias.
A CPI criada na Alerj para investigar a situação das UPPs completa 50 dias de trabalho nesta quinta-feira (26), e na próxima semana volta a se reunir para agendar diligências a cada uma das 38 unidades em funcionamento e também para deliberar sobre a oitiva ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que sejam apresentadas respostas já solicitadas sobre os contratos de aquisição e manutenção dos conteiners e sobre o orçamento do programa, que foi implantado há 10 anos.
Instalada em 7 de março, a CPI tem prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 90, para concluir a investigação e apresentar o relatório que, defende Bruno, terá como objetivo contribuir para o redimensionamento necessário das UPPs. “O projeto é bom, mas se perdeu ao longo do tempo, sobretudo porque infelizmente foi utilizado com objetivos eleitorais”. O deputado também tem cobrado das autoridades da segurança pública estadual, antes e depois da intervenção, que as soluções sejam pensadas considerando o Estado do Rio como um todo e não só a capital. “Houve uma migração da violência para o interior e não existia um planejamento para evitar ou ao menos minimizar esse impacto que era mais que previsível”, criticou.
Para Bruno, a CPI é uma oportunidade não só de obter um diagnóstico e apontar erros e acertos, mas é sobretudo um instrumento para colaborar com a reestruturação das UPPs e do planejamento de segurança pública para o Estado do Rio, com propostas e decisões efetivas que atendam às peculiaridades regionais. “A sociedade quer respostas e ao mesmo tempo quer que dê certo, quer que o Estado consiga resolver esta demanda de proporcionar uma vida mais segura para todos”, afirmou. (A.N.)

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