Tradicional no estado do Rio de Janeiro, a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), em Campos, passou por grandes dificuldades nos últimos anos. A instituição enfrentou uma grave crise financeira: professores e estudantes fizeram greve e as aulas foram suspensas por vários meses. Outro problema é a falta de segurança, que resultou em arrombamentos, furtos e roubos dentro do campus, localizado na avenida Alberto Lamego, no Parque Califórnia. Apesar da situação complexa, a Uenf tem se recuperado, tanto no aspecto financeiro quanto na educação e segurança. Na manhã desta sexta-feira (20), o serviço de vigilância retornou depois de quase dois anos.

O trabalho havia sido cancelado por conta dos problemas econômicos. Agora, são cerca de 60 vigilantes trabalhando em locais diferentes da universidade. Durante a manhã, tarde e noite, são sete profissionais que atuam na área externa, que é vigiada 24 horas por dia.

Satisfeito com o retorno da vigilância na instituição, o reitor da Uenf, Luís Passoni, afirmou que a sensação de segurança passa a ser muito maior e que, com o tempo, os problemas existentes na universidade vão ser resolvidos. "Fico feliz com a volta dos vigilantes. Aos poucos, a universidade vai conseguir restabelecer o processo de funcionamento. No período noturno, os alunos estavam muito apreensivos por causa da insegurança, mas agora vamos ter mais tranquilidade para fazer as atividades", afirmou.

Passoni também disse que as aulas foram normalizadas e que a situação financeira melhorou bastante. "A Uenf está resolvendo as dificuldades um pouco mais devagar do que esperávamos, mas estamos melhorando. Os funcionários estão com os salários em dia e só falta o pagamento do 13º para alguns. Ainda não conseguimos recuperar tudo. Por exemplo, o nível da concentração dos animais está abaixo do que tínhamos antes. Alguns foram roubados, mas estamos fazendo de tudo para que seja um ano mais tranquilo", concluiu.

Fernando da Silva tem 22 anos e cursa Engenharia Civil na Uenf. Ele disse que a volta da vigilância deixa os estudantes e professores mais tranquilos. "Ficamos muito mais seguros, não é? Se alguém pensar em invadir a universidade para cometer assaltos, vai pensar duas vezes ao ver os vigilantes. Durante a noite, a gente andava com muito medo pelo campus. Espero que a situação seja resolvida agora para que possamos estudar sem ter que nos preocupar com a questão da segurança", comentou.