Nesta quinta-feira (19) completa um mês que os alunos do Colégio Estadual Thiers Cardoso, no Parque Tarcísio Miranda, foram transferidos temporariamente para o Ciep da Lapa. Sob reclamações e denúncia na promotoria da Vara da Infância e Juventude de Campos, os 940 estudantes foram realocados em outra unidade por causa de problemas estruturais. O caso agora está nas mãos da Justiça. A obra de reforma está prevista para ser realizada de 1º de maio a 31 de setembro deste ano. Além da reclamação por causa da distância, segundo a coordenação do Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado (Sepe), há alunos que pediram transferência e outros que aguardam direcionamento em casa. O deputado estadual Bruno Dauaire (PRP) também foi procurado pelos pais dos estudantes e, nesta semana, foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma indicação ao secretário estadual de Educação, Wagner Victer, para que o Governo do Estado alugue um imóvel próximo ao Colégio Estadual Thiers Cardoso para as aulas.
Bruno contou que foi procurado por pais de alunos do Thiers e também do Ciep que não concordaram com a mudança. “Fui procurado pela comunidade escolar não só do Thiers Cardoso, mas do Ciep da Lapa também. Foi um arranjo ruim, uma decisão equivocada do governo, e isso para os alunos das duas instituições. Temos acompanhado de perto essa situação e vou pedir ao secretário Wagner Victer que nos receba para que possamos relatar o caso e, mais uma vez, reivindicar o aluguel de um imóvel — disse o deputado.
Segundo a coordenadora do Sepe, Graciete Santana, uma decisão da Justiça sobre a denúncia feita pela promotoria da Vara da Infância e Juventude de Campos é aguardada. “A gente está esperando uma sentença do juiz. Iria sair na sexta-feira, mas deve estar próximo”, disse Graciete, que acrescentou: “Alguns alunos estão no Ciep, a maioria ainda está em casa e outros pediram transferência. A gente espera que a indicação do deputado seja atendida e acatada pelo Governo do Estado para não prejudicar ainda mais a todos”.
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) foi procurada, assim como o Ministério Público Estadual, mas não enviaram resposta até o fechamento desta matéria.