Dora Paula Paes
25/04/2018 16:52 - Atualizado em 27/04/2018 14:14
Os royalties do petróleo foram depositados nas contas das prefeituras petrorrentistas nesta quinta-feira (25). Todos os municípios receberam os royalties com queda, quando comparado ao depósito de março. A redução variou de 14,3% (Rio das Ostras) a 20,7% (Rio das Ostras). O município de Campos recebe R$ 30.610.337,90. Esse valor é 17,2% menor em relação ao mês passado, porém, 8,4% maior do que o recebido no mesmo período em 2017 (R$ 28.223.135,00). A indenização, depositada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), é referente à produção do mês de fevereiro. Conforme noticiado pela jornalista Suzy Monteiro, no blog Na Curva do Rio, hospedado no Folha 1, este é o primeiro mês que o Ministério de Minas e Energia assumiu o controle dos repasses e um possível problema de logística acabou atrasando o depósito, que só foi efetuado no início desta tarde.
O município vizinho de São João da Barra recebe R$ 7.527.212,31 (-14,9%), contra os R$ 8.847.952,00 depositados em março. O registro de abril de 2017 mostra uma linha crescente, com aumento de 13,9% em 2018. Na ocasião, São João da Barra recebeu R$ 6.607.633,82 de indenização pela produção na Bacia de Campos.
Essa queda já havia sido prevista pelo superintendente de Petróleo, Gás, Biocombustíveis e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu. “Já aguardava essa queda, pois o preço do barril do petróleo teve o menor valor do ano até aqui e no mesmo mês de fevereiro a produção é de menos três dias. Teremos uma recuperação para o mês de maio e uma maior no mês de junho. Estou mesmo é preocupado com a pauta da Marcha dos Prefeitos deste ano, que ocorrerá do dia 21 a 24 de maio agora e com o ponto principal que será pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) quanto questão da redistribuição dos Royalties, suspensa por liminar desde 2013”, disse.
Macaé é o município que mais receberá royalties em abril R$ 38.738.683,22, mesmo com redução de 18,9% em relação ao mês anterior. Mesmo assim, ainda fica na frente de municípios como Maricá (R$ 32.032.531,52) e Niterói (R$ 28.754.384,15), que nos últimos meses estão recebendo com pressão a riqueza do pré-sal.