Ator revela conteúdo de novela
14/04/2018 17:40 - Atualizado em 16/04/2018 17:08
Divulgação
Qual seu nível de ganância? Você faria qualquer coisa por dinheiro? No caso de Renato (Rafael Cardoso), a partir do dia 4 de maio, em “O Outro Lado do Paraíso”, da Globo, vale sequestrar, torturar e ameaçar cortar a orelha de um menino de 10 anos só para que a mãe pague R$ 100 milhões em 24 horas. “O Renato sempre quis dinheiro. Vivemos em uma sociedade que vemos tantos psicopatas por aí, de vários níveis, não só de psicopata assassino, mas de só olhar para o seu umbigo e não se importar com o outro e criar uma realidade onde tudo de errado que ele faz tem uma coerência”, explica Rafael Cardoso, de 32 anos.
“Ele não é apaixonado por ninguém. Não gosta de ninguém, nunca gostou da Clara. (Depois da Fabiana perder o processo) Ele vai querer ganhar dinheiro, independentemente de ser a Clara. Ela o humilhou, vai querer derrubar ela de alguma forma”, completa o ator.
Quem vê o médico aprontando todas não se esquece que, até bem pouco atrás, ele posava de bom moço para todos. “(No começo da novela) A gente tinha uma ideia de que ele poderia se tornar vilão. Ficamos segurando para não soltar nada, mas no meio da trama, como obra aberta, já não seria mais, mas depois voltou”, lembra o ator porto-alegrense.
Mas Cardoso conta que, desde suas primeiras cenas, buscava algo nebuloso no personagem. Deixava sempre uma oportunidade para essa possível guinada na personalidade de Renato. “O pessoal falava: 'Tem alguma coisa nele que não sei'. No final de cena, eu fazia de todo um jeito e terminava de outro. Até pedia para voltar para fazer de novo (uma cena), porque queria deixar esse tom nebuloso”, explica. “O que assusta mais? O cara que fala: 'Ah, vou te matar' ou (alguém) rindo da tua cara e que vai te dar um (golpe) por trás? Ele é muito meticuloso. Para o ator, isso é maravilhoso”, comemora.
Tem alguma preferência entre mocinho ou vilão? “Tudo vale. É muito gostosa a possibilidade do vilão porque a gente fica mais aberto a se soltar, a poder até improvisar. Não fica tão fechadinho na coisa do protagonista, que é maravilhoso também. Temos que achar motivação em tudo que a gente vai fazer. Estamos abertos para qualquer coisa. (Mocinho ou vilão) Temos que achar motivação em cada um deles”, afirma Rafael, que não usa WhatsApp. “Fiquei três meses com WhatsApp e quase surtei. Tem dia que nem pego no celular”, conta Rafael.
O intérprete deixa claro que não é contra tecnologia, pelo contrário. “O Instagram, comecei a movimentar agora. Entendi que é uma ferramenta. Hoje é o que dá mais visibilidade e, como tenho negócios e meu trabalho aqui, ajuda a divulgar outros trabalhos que tenho. Falei: 'estou sendo burro, não estou usando uma ferramenta com dois milhões de seguidores'”, observou. (A.N.)

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