Um jogo de futebol está gerando polêmica em Macaé. A Câmara de Vereadores aprovou um requerimento verbal com pedido de informações à secretaria municipal de Esportes. O pedido foi feito por Marcel Silvano (PT), após o presidente, Eduardo Cardoso (PPS), ter denunciado, na sessão de terça-feira (27), que a Prefeitura não recebeu os R$ 25 mil relativos a despesas operacionais e taxa de iluminação pelo uso do Estádio Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo, no jogo entre Flamengo e Macaé Esportes realizado no último dia 10 de março.

Mesmo diante da crise financeira em que passa o município, o que levou ao prefeito Dr. Aluízio a fazer vários cortes ano passado, o líder do governo no Legislativo, Júlio Cesar de Barros (PMDB), o Julinho do Aeroporto, disse que a prefeitura não cobrou pelo uso do estádio. No entanto, as despesas operacionais e com iluminação pública, recursos que geralmente são pagos ao município, constam no boletim financeiro da partida de futebol, o chamado borderô.

“Se foi pago, mas a prefeitura não recebeu, quem ficou com esse dinheiro?”, perguntou Julinho.

Para o presidente Eduardo Cardoso, quem deve responder a essa pergunta é a secretaria de Esportes, responsável pela administração do Moacyrzão, como o estádio é conhecido. “É por isso que eu solicito que o Executivo nos envie essas informações sobre quem assinou o borderô, quem são os responsáveis pelo recebimento desses recursos e qual foi a sua real destinação”, reforçou Marcel.

O vereador Maxwell Vaz (SD) disse que já enviou um ofício de igual teor para a secretaria e para o Macaé Esporte, mas ainda não recebeu resposta. “Se a Prefeitura também não tiver essas informações, é preciso instaurar uma sindicância para apurar quem ficou com esse dinheiro”, acrescentou.

Já o parlamentar Luiz Fernando Pessanha (Avante), defendeu a convocação da secretária de Esportes, Andreia Freitas, para dar explicações à Câmara – o que pode ocorrer caso o Legislativo não receba as informações solicitadas por ofício. (S.M.) (A.N.)