No que depender da Procuradoria Geral da República (PGR), o deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, vai continuar preso em regime fechado. Após perícia médica, a PGR enviou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer no qual se manifestou contra a concessão de prisão domiciliar ao parlamentar, que está sob análise do ministro Dias Toffoli.

Para justificar o pedido de prisão domicilia, os advogados de Picciani alegaram questões de saúde. Na semana passada, Cláudia Marques, subprocuradora geral da República, já havia recomendado que o pedido fosse negado.

Contudo, antes da manifestação, o ministro do STF havia determinado a realização de uma perícia para precisar qual o estado de saúde do deputado. No ano passado, Picciani foi diagnosticado com câncer e passou por uma cirurgia.

Após a perícia, em novo parecer solicitado pelo ministro do STF, a subprocuradora afirma que Picciani não se encaixa nos dois quesitos exigidos para a concessão da prisão domiciliar: quando é portador de doença grave ou não pode ser tratado dentro do presídio.

O deputado está preso desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a operação Cadeia Velha, por suposto recebimento de propina. (A.N.)