O presidente afastado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), teve bloqueados bens pessoais e de duas de suas empresas em cerca de R$ 7 milhões. A decisão foi juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital, conforme informou o Tribunal de Justiça na última quinta.
Argueso determinou o bloqueio de R$ 4,03 milhões dos bens de Picciani. Também foram bloqueados os bens de Felipe Carneiro Monteiro Picciani, filho dele, no valor de R$ 2,28 milhões, André Gustavo Monteiro, sócio nas empresas, de R$ 780 mil, e das empresas Agrobilara Comércio e Participações, em R$ 2,1 milhões, e Agrocopa, R$ 1,2 milhão.
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público. “Havendo fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa que causem danos ao Erário, é cabível a indisponibilidade cautelar dos bens dos requeridos”, observou a juíza.
Segundo a magistrada, os réus ocultaram bens e verbas a preços subfaturados na compra e venda de gado, com a participação do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes de Carvalho Júnior.
Picciani e o filho estão presos desde o ano passado. A defesa de Picciani não se posicionou sobre a decisão. (A.N.)