O tabuleiro político de Campos para as eleições de outubro deste ano ganha mais uma peça. Ex-presidente da Câmara Municipal, Dr. Edson Batista (PTB), que chegou a anunciar sua aposentadoria ao não ser candidato em 2016, figura como pré-candidato. A decisão aconteceu após uma reunião realizada na última quarta-feira, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com companheiros de longa data, mas ainda será informada à Executiva estadual do PTB na próxima semana.

Aliado de longa data do ex-governador Anthony Garotinho, Edson pode se tornar uma alternativa para o grupo político, visto que muitas das peças estão impossibilitadas de concorrer em 2018 conforme avançam no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) os desdobramentos da operação Chequinho.

Presidente do Partido Trabalhista Brasileiro em Campos há mais de 10 anos, Batista salienta que qualquer decisão com relação à confirmação da pré-candidatura vai passar pela decisão dos representantes da legenda no diretório estadual. “Eu vou respeitar a decisão da regional. Se eles acharem (a candidatura) conveniente, bem. Se não, vou aceitar”, afirmou Edson.

Batista justificou seu retorno ao cenário político após ter anunciado sua aposentadoria em 2016:

— Os colegas, diante de um quadro muito confuso nacional, com o estado em completa falência, vieram me solicitar que estudasse a possibilidade de uma candidatura. Eu fiz uma reunião para ouvi-los. A decisão da reunião foi a solicitação para eu colocar meu nome como pré-candidato.

Na configuração política local existe uma incógnita sobre o futuro partidário de Garotinho. Edson ressalta a aliança entre os dois, a defesa dos mesmos ideais desde a década de 1980, mas afirma que sua possível candidatura será avaliada mesmo com o PTB: “A candidatura, em si, independe de Campos. Mas, a gente tem uma identidade com Garotinho. Uma relação de amizade criada na luta, com dificuldades, enfrentando muitas situações, com vitórias e algumas reações adversas. Tem uma história. Não é uma relação de dependência, é uma relação de companheiro”.

Edson Batista teve cinco mandatos de vereador. Aliado fiel de Garotinho, foi flagrado em interceptações telefônicas no curso da operação Chequinho chamando o ex-governador de “comandante” e recebendo “ordens”.