Dom Roberto Francisco Ferrería Paz vai criar mais um santuário na Diocese de Campos. Durante a festa de Nossa Senhora da Penha, em Atafona, no município de São João da Barra, a igreja da padroeira da praia será elevada a santuário. A celebração vai acontecer no dia 7 de abril durante a missa festiva, às 19h. No dia, a igreja receberá uma peregrinação saindo da matriz paroquial de São João Batista, no centro da cidade, com fiéis conduzindo a imagem da padroeira.
A festa de Nossa Senhora da Penha é uma das mais tradicionais na cidade e este ano a pro-gramação acontece de 1 a 9 de abril. Uma história de fé e devoção que inicia no Século XIX. Recentemente, a procissão foi declarada, por decreto, patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Devoção que tem sido preservada pelos moradores e devotos. A festa tem sido preservada pela Irmandade que zela pela igreja e mantém viva a chama da devoção centená-ria. Um legado que representa a memória religiosa, cultural e cultual dos moradores e devo-tos.
— O culto de Nossa Senhora da Penha é um dos mais antigos de nossa cidade e marca um período de nossa história em que tínhamos uma relação estreita com o Espírito Santo. A fé generalizada na Santa fez com que a comemoração do seu dia seja a maior manifestação de religiosidade do povo da região. Um povo se faz com a preservação de suas ricas tradições. Sem elas estaríamos fadados à destruição enquanto povo — destaca Fernando Lobato.
A padroeira é celebrada na localidade desde o século XIX e a devoção se tornou uma das maiores de toda a região. Recentemente, a procissão foi declarada, por decreto, patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Agora, o reconhecimento é do templo como local de peregrinação.
Em 2014, durante a visita do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) a Atafona, no dia da padroeira da localidade, chegou a ser cogitado o tombamento da festa de Nossa Senhora da Penha, em especial a procissão, como patrimônio imaterial do Rio de Janeiro por decreto. No entanto, a procissão de Nossa Senhora da Penha só ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro em março de 2016, através de projeto apresentado pelo deputado estadual Bruno Dauaire (PR).
A devoção à santa que abençoa a foz do rio Paraíba do Sul, reduto de pescadores, é uma das mais importantes do catolicismo em todo o Norte e Noroeste Fluminense. Atrai inclusive fiéis da capital e de estados vizinhos. (A.N.)