Dois trabalhos do Mestrado Profissional em Ensino e suas Tecnologias (Mpet) do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Campos foram selecionados para um evento da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Paris nesse mês de março. A “Mobile Learning Week” é uma conferência que acontece anualmente e reúne especialistas de todo o mundo para compartilhar conhecimentos sobre tecnologia. As representantes e coordenadoras do Mpet, Sílvia Batista e Gilmara Barcelos, iniciaram suas participações na última segunda-feira e ficam na capital da França até esta sexta.
A Unesco selecionou 60 trabalhos, entre os quinhentos submetidos. Desse número, três representantes de diferentes países foram escolhidos para apresentar as pesquisas relacionadas ao uso de dispositivos móveis na educação profissional, em workshop realizado na segunda-feira. Um dos trabalhos apontados foi o das coordenadoras do mestrado do IFF, que descreve ações realizadas no projeto de pesquisa “Aprendizagem com Dispositivos Móveis”, promovido desde 2010, na instituição. O projeto, coordenado pelas professoras Sílvia e Gilmara, tem por objetivo investigar as contribuições que o uso de dispositivos móveis pode trazer para a educação formal. O outro trabalho selecionado fala da “Formação de professores para um mundo conectado: uso pedagógico de tecnologias digitais”.
Além do workshop, os dois trabalhos selecionados foram apresentados na última quarta-feira durante um simpósio do evento. A participação das professoras teve financiamento da Unesco e do IFF.
Para Silvia Batista, PhD em Computação e Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a participação no evento é muito importante. “Muito honrada com a oportunidade que a Unesco e o IFF estão nos dando, não só de divulgar nossos resultados de pesquisas, como entender como andam os estudos sobre o tema mobile learning pelo mundo”, destacou.
O reitor do IFF, professor Jefferson Manhães, considerou que o evento traz a oportunidade de apresentar a educação profissional feita no Brasil para o mundo e de conhecer outras experiências. “Isso permite uma troca, um compartilhamento e com certeza intercâmbio de experiências. Seja na possibilidade de mobilidade de estudantes, seja na possibilidade de professores irem pra lá e de nós recebermos professores de outras instituições. É um grande momento. O Mpet iniciou na nossa instituição no ano passado e é focado na formação de professores, no uso de novas tecnologias do ensino. É extremamente atual. Essa seleção mostra a qualidade do trabalho que está sendo desenvolvido na instituição”, pontuou.
