Rafael diz que "o pior já passou"
— É possível ir além, mesmo quando as dificuldades parecem grandes demais. Ser campista é isso: acreditar que é possível vencer desafios. Há pouco mais de um ano, trabalhamos com este propósito. Herdamos dívidas, caos administrativo, um quadro de grandes dificuldades. Fizemos vários ajustes, tivemos que tomar decisões difíceis, na maioria das vezes, que as pessoas não conseguiam compreender, e posso dizer que estamos, ainda assim, no caminho certo — disse Rafael.
A cerimônia religiosa reuniu o bispo da Diocese de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz; o pastor da Igreja Universal, Vanderly de Mello; a ministra de cultos afro-brasileiros, yalorixá Irineia de Oxum; e o palestrante espírita Jorge Lemos. A vice-prefeita Conceição Sant’Anna e o líder do governo na Câmara dos Vereadores, Fred Machado, também estiveram no palco. Antes do culto, houve o hasteamento das bandeiras acompanhado pelos hinos municipal e nacional, executados pela banda da Guarda.
Dom Roberto lembrou da morte de muitos jovens e adolescentes para pedir união: “A destruição de uma cidade, muitas vezes, é culpa da violência. Se tenho uma preocupação hoje, se o Brasil tem uma preocupação hoje, é com a violência, que também toca a cidade de Campos. Não estamos fora, lamentavelmente, da rota da violência. Mas sabemos, também, que a paz, a superação da violência, é um constructo coletivo. Não é obra de mágica”.
O amor e a consciência nas atitudes individuais foram os temas centrais das falas do vereador e pastor evangélico Vanderly de Mello e da umbandista e candomblecista, a yalorixá Irineia de Oxum. “A verdadeira sabedoria persiste em você pensar, lutar e fazer alguma coisa em favor do próximo. É o que nós aprendemos com o nosso Deus”, disse Vanderly. E Irineia ressaltou: “Peço a Deus que todo o mundo, principalmente nossa cidade venha a ter muita paz. Que os anjos do Senhor possam estar passando por bairros, ruas, por lugares críticos, perigosos, para que possam derramar paz, uma luz”.
Finalizando o culto ecumênico, Jorge Lemos citou os constantes casos de violência veiculados, tratando-os como uma era de transformação: “O mal tem aparecido, tem surgido, mas também o bem tem florescido de maneira bem serena, tranquila e vigorosa. Por essa razão, cabe a cada um de nós o trabalho recuperação do planeta, de nossa sociedade”.