Na tarde desta terça-feira, foi discutido na Câmara de Vereadores de Campos o problema do baixo volume de doações de sangue no Hemocentro, que distribui doações para todos os hospitais do município e unidades de saúde de cidades vizinhas. A diretora do Hemocentro, Sandra Chalhub de Oliveira, apresentou um slide com informações durante a audiência pública, presidida pelo vereador José Carlos Monteiro, vice-presidente da Câmara.

— A audiência foi proposta para ter uma ideia da importância da valorização do gesto da doação de sangue. Isso é muito importante, porque, a partir do momento que a comunidade tem essa percepção da necessidade da doação de sangue, isso, com certeza, vai nos ajudar a ter um estoque melhor, para atender a todos com mais tranquilidade — disse Sandra Challub.

De acordo com a diretora do Hemocentro do Regional de Campos, o estoque atual é baixo para todos os tipos sanguíneos. “Por incrível que pareça, o tipo de sangue A, que é muito comum, é o que tem ficado mais crítico nos últimos três meses, tanto o positivo, quanto o negativo. Quando o estoque está num nível crítico, a gente acaba direcionando o sangue para as emergências e urgências principais. Então, cirurgias eletivas acabam ficando num segundo momento”, completou Sandra.

A presidente da Fundação Municipal de Saúde de Campos, Renata Juncá, fez parte da bancada na audiência pública. “É uma coisa que a gente trata de vida. Mesmo nessa situação de controle financeiro-orçamentário que a gente vive no poder público, o que mais impacta no Hemocentro é a questão da doação. Para doar sangue, não precisa ter dinheiro. Basta a população se mobilizar e fazer a doação. A gente tem muitos pacientes internados no Ferreira Machado e no HGG aguardando sangue para as cirurgias eletivas ou de urgência que precisam fazer”, destacou Renata.

Também estiveram presentes o presidente da Câmara, Marcão Gomes, alguns vereadores e representantes de hospitais de Campos, entre outras autoridades.