Denúncia sobre supostos maus tratos
Segundo o fidelense Luan Pontes, integrante do grupo, o problema estaria ocorrendo desde o início de 2017, após a posse do atual prefeito Amarildo Alcântara (PR). Ainda de acordo com Luan, o prefeito teria se negado a dialogar com os protetores e só após o caso viralizar nas redes sociais, ele teria anunciado que separou uma parte do parque de exposições, onde os animais ficariam e teriam assistência veterinária, ração e água. A partir de então, o local ficou fechado. Os protetores tentaram um acordo para ajudarem com adoção, castração e outras eventuais necessidades, sem êxito.
O grupo chegou a informar que, em 2017, foram mais de 40 cães apreendidos pela Prefeitura. No início deste ano, a carrocinha voltou a circular. Acionados pelos protetores, alguns vereadores foram verificar a situação, onde encontraram corpos de animais e várias ossadas. O vereador Higor Porto (PSB) informou que esteve no parque de exposições e contou que há três frentes de investigação em andamento: uma do Ministério Público, uma da Polícia Civil, e outra da Polícia Federal.
A Prefeitura de São Fidélis não se pronunciou, até o fechamento da edição. A equipe de reportagem também tentou falar com o prefeito, por telefone, sem êxito. Por meio de nota, a Promotoria de Justiça Criminal de São Fidélis informou ter encaminhado à 141ª Delegacia Policial, na última quarta-feira, os vídeos, fotos e a representação feita pelo grupo de proteção aos animais.
A assessoria da Polícia Civil informou que estava verificando as informações, mas não deu retorno. A Polícia Federal também foi contatada, mas informou que, pela natureza do caso, a princípio, a apuração cabe à Polícia Civil.