As águas de março fecharam o verão como há muito tempo não fechavam, em Campos. Mas, como diz o ditado, “depois da tempestade vem a bonança”. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, major Edison Pessanha, o outono deve ser menos chuvoso, embora ainda não haja previsões seguras para toda estação, iniciada nesta terça-feira.

— Os institutos não fazem previsões muito alongadas. Com mais precisão, só para três ou quatro dias. Porém, temos um ano bastante atípico. O instituto climatológico previa 73,1 milímetros para todo o mês de março. Só em um dia, como do dia 8 para o dia 9, dentro de quatro horas, em alguns lugares choveu 94,5 milímetros; em outros, 120; em outros, 140. Tivemos muita chuva com uma intensidade muito grande, como há mais de 20 anos não ocorria. Agora, acho que o outono vai chegar menos chuvoso — disse o major Pessanha.

Em vários pontos do município, a Defesa Civil e a secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana ainda trabalham para resolver os problemas deixados pelas tempestades do início do mês. Em Morro do Coco, sete famílias seguem abrigadas numa escola. “Vamos voltar lá essa semana para fazer um relatório final e definir se vai ser viabilizado o pagamento do aluguel social ou quantas vão aguardar a construção de novas unidades na própria escola”, disse o major.

Em Ururaí, seis famílias seguem desalojadas, todas em casas de parentes. A previsão é de que elas possam retornar às suas residências daqui a pouco mais de uma semana. Na tarde desta terça-feira, o rio Ururaí estava em 4,04m, cinco centímetros a menos do que na medição anterior.