Jane Ribeiro
13/03/2018 21:16 - Atualizado em 14/03/2018 16:29
Professores e os pais de alunos do Colégio Estadual Dr. Thiers Cardoso ainda não sabem qual será o destino dos estudantes para que a escola passe por uma reforma no telhado que está com infiltrações. A ideia de transferência não agrada. A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) garante que a escola não vai fechar, mas ainda não decidiu o que fazer com os 1.080 alunos divididos em três turnos. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) sugeriu o aluguel de 15 contêineres para serem instalados no espaço do Thiers Cardoso, mas a proposta não foi aceita pela secretaria. A única definição esclarecida pela Seeduc é que os alunos não irão para o Colégio Estadual José Francisco de Salles.
Enquanto não há definição, os alunos e professores estão em casa à espera de respostas. A professora Simone Higino disse que os pais não concordam com a retirada dos alunos por causa da dificuldade de transporte.
— Nesta terça-feira houve reunião na escola. Oficialmente, o que sabemos é que eles ainda estão reunidos à procura de outra escola, mas a nossa preocupação nesse momento é encontrar uma solução que cause menos impacto na comunidade escolar. Mas ainda não sabemos o que vai vir de lá. O remanejamento dos alunos para outra escola será muito ruim. Tem a distância, são muitos alunos. Seria uma decisão muito conturbada. Esperamos que a solução seja de acordo com o que queremos. Ocupar o espaço que a escola tem disponível e a obra ser feita o mais rápido possível —, disse ela.
Segundo a diretora do Sepe, Graciete Santana, o remanejamento dos alunos para a Escola Francisco Sales já foi descartada. “A nossa proposta é que o Estado instale contêineres com ar refrigerado e banheiros no pátio da própria escola e na quadra de esporte. Eles ainda não deram uma resposta. O deslocamento dos alunos é inviável para os pais. Existe outra proposta que seria a suspensão do calendário escolar em 60 dias para que a obra seja feita. Com isso, os alunos ficariam em casa. Esse problema de infraestrutura na escola não é novo, é muito antigo e nós não confiamos nessa proposta de sair da escola. Os pais e os professores sabem que se saírem da escola não irão mais retornar. O Estado não tem credibilidade e os pais e professores não confiam mais”, falou.
Em nota, a assessoria da Seeduc informou que estudos estão sendo realizados para o remanejamento dos alunos e da equipe pedagógica para unidades escolares próximas com capacidade física para receber essa demanda. A Seeduc destaca que não haverá prejuízos educacionais para os estudantes e esclarece que o Colégio Estadual Doutor Thiers Cardoso não será fechado.